Em Roma, já se reciclaram 350 mil garrafas para pagar viagens de metro

Na capital italiana, é possível trocar garrafas de plástico por bilhetes de metro. Sistema, lançado em Julho, será estendido a toda a rede de metro e deverá prolongar-se até meados de 2020

Foto
Roma é a primeira capital da União Europeia a lançar este esquema nas estações de metro

Roma está a tentar tornar-se mais ecológica, oferecendo bilhetes de metro aos viajantes que reciclem garrafas de plástico nas máquinas que até agora foram instaladas em três estações da capital italiana.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Roma está a tentar tornar-se mais ecológica, oferecendo bilhetes de metro aos viajantes que reciclem garrafas de plástico nas máquinas que até agora foram instaladas em três estações da capital italiana.

A iniciativa, lançada em Julho, revelou-se tão popular que já se reciclaram 350 mil garrafas. Em breve, esta acção será estendida a toda a rede de metro e deverá prolongar-se até Julho de 2020, segundo a empresa de transportes públicos da cidade, a ATAC.

As máquinas processam 20 mil garrafas por dia e, em média, os clientes carregam entre 15 a 20 garrafas de cada vez, referiu um representante da ATAC. Algumas pessoas já conseguiram mesmo recolher 3500 garrafas em menos de 20 dias, o que equivale a 175 bilhetes oferecidos.

Roma tem um problema crónico de recolha de lixo e a reciclagem é irregular e ineficiente. “Se se usar o dinheiro para envolver as pessoas [na reciclagem], mesmo aqueles que não têm senso cívico irão reciclar”, disse Claudio Perelli à Reuters, enquanto colocava garrafas numa das máquinas. 

Todos os interessados devem descarregar para os seus telemóveis uma aplicação que regista o número de ingressos ganhos tendo em conta o número de garrafas inseridas nas máquinas. Um bilhete válido por 100 minutos de viagem corresponde a 30 garrafas, que devem ser colocadas mostrando a etiqueta do código de barras, de modo a que as máquinas as possam ler e registar na aplicação.

Os torniquetes do metro conseguem ler directamente a aplicação nos telemóveis, pelo que os passageiros não precisam de comprar um bilhete em papel normal.

Roma é a primeira capital da União Europeia a lançar este sistema nas estações de metro. Iniciativas semelhantes já foram adoptadas também em Pequim e Istambul.