Steve McQueen e Susan Hiller na bienal de arte Contemporânea de Coimbra

A um mês do arranque, organização anunciou os nomes dos 39 artistas que vão estar presentes na terceira edição do Anozero.

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O cineasta e artista visual Steve McQueen ALESSANDRO BIANCHI/REUTERS

A terceira edição do Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra levará à cidade trabalhos de 39 artistas, entre os quais Steve McQueen e Susan Hiller. A lista completa foi divulgada pela organização, em comunicado, esta terça-feira, quando falta um mês para o início do programa. A bienal é uma iniciativa do Circulo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), da Câmara Municipal de Coimbra e da Universidade de Coimbra, sendo que esta edição tem a curadoria geral do brasileiro Agnaldo Farias e a curadoria adjunta de Lígia Afonso e Nuno de Brito Rocha.

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A terceira edição do Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra levará à cidade trabalhos de 39 artistas, entre os quais Steve McQueen e Susan Hiller. A lista completa foi divulgada pela organização, em comunicado, esta terça-feira, quando falta um mês para o início do programa. A bienal é uma iniciativa do Circulo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), da Câmara Municipal de Coimbra e da Universidade de Coimbra, sendo que esta edição tem a curadoria geral do brasileiro Agnaldo Farias e a curadoria adjunta de Lígia Afonso e Nuno de Brito Rocha.

Steve McQueen é mais conhecido pelo seu trabalho como cineasta, mas começou a carreira pela escultura e pela instalação. Só depois os filmes começaram progressivamente a ganhar mais destaque na sua obra, com as curtas-metragens Deadpan (1997) e Giardini (2009) e Fome (2008), a sua primeira longa-metragem, que foi aclamada pela crítica. Seguiram-se Vergonha (2011) e 12 Anos Escravo (2013), que recebeu vários prémios, incluindo o Bafta e o Óscar de melhor filme.

Já as obras de Susan Hiller unem “aspectos disciplinares da arte, da antropologia e da arqueologia, mas também sistemas de conhecimento e cosmogonias alternativos”, refere a organização da bienal. A artista norte-americana que morreu em Janeiro deste ano referia-se ao seu próprio trabalho como “para-conceptual”, para explicar a relação entre o paranormal e o conceptual na sua obra. Entre Março e Julho, a Fundação Serralves remontou-lhe a instalação interactiva Os Pensamentos São Livres.

O programa do Anozero será inaugurado a 2 de Novembro com performances de Luís Lázaro de Matos e de Daniel Melim (que vai estar em residência), e uma “on going action” da artista romena Alexandra Pirici.

A lista divulgada esta terça-feira inclui também vários artistas portugueses, como António Olaio, Bruno Zhu, João Gabriel, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, Maria Condado, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Renato Ferrão, Rita Ferreira e Tomás Cunha Ferreira.

Em Coimbra vão também estar expostos trabalhos de Ana María Montenegro, Ana Vaz, Anna Boghiguian, Belén Uriel, Bouchra Khalili, Cadu, Daniel Senise, David Claerbout, Erika Verzutti, Eugénia Mussa, Joanna Piotrowska, José Bechara, José Spaniol, Julius von Bismarck, Laura Vinci, Luis Felipe Ortega, Lynn Hershman Leeson, Magdalena Jitrik, Marilá Dardot, Mattia Denisse, Maya Watanabe, Meriç Algün e Przemek Pyszczek.

Tal como em edições anteriores, as exposições, que são de entrada livre, vão ocupar vários espaços da cidade. A bienal regressa assim ao Convento de Santa Clara-a-Nova, ao Edifício Chiado, à Sala da Cidade, às Galerias Avenida, a vários edifícios da Universidade de Coimbra e aos dois pólos do CAPC.

A terceira edição do Anozero mantém as portas abertas até 29 de Dezembro. O tema deste ano é A Terceira Margem, a partir do conto do escritor brasileiro João Guimarães Rosa, A Terceira Margem do Rio.