Câmara de Coimbra quer reabrir bares do Parque Verde até ao Verão de 2020
Foi consignada nova empreitada para recuperar os estabelecimentos afectados pelas cheias de 2016.
O prazo oficial é de seis meses, mas a Câmara Municipal de Coimbra quer ver as obras terminadas o quanto antes. Nesta segunda-feira, foi consignada nova empreitada para requalificar e ampliar os bares do Parque Verde do Mondego, em Coimbra, que ficaram destruídos com as cheias de 2016. A obra suportada pelos cofres do município tem um custo de um milhão de euros (mais IVA) e, se tudo correr bem, estará concluída em Maio do próximo ano.
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O prazo oficial é de seis meses, mas a Câmara Municipal de Coimbra quer ver as obras terminadas o quanto antes. Nesta segunda-feira, foi consignada nova empreitada para requalificar e ampliar os bares do Parque Verde do Mondego, em Coimbra, que ficaram destruídos com as cheias de 2016. A obra suportada pelos cofres do município tem um custo de um milhão de euros (mais IVA) e, se tudo correr bem, estará concluída em Maio do próximo ano.
As obras até já tinham sido iniciadas por outra empresa de construção, em Abril de 2018 mas, a braços com problemas financeiros, a empresa apenas concluiu 18% dos trabalhos que deviam ter sido terminados em Outubro do mesmo ano. A CMC tomou então posse administrativa da obra e recomeçou novo procedimento concursal do zero. Desta vez, o concurso foi ganho pela Veiga Lopes SA, sendo que Manuel Machado afirmou aos jornalistas que a empresa apresentava garantias técnicas e financeiras para terminar a obra. A empreitada foi agora consignada por um milhão de euros, quando a empresa anterior tinha ganho o concurso por 825 mil euros.
As cheias do início de 2016, ano em que as águas do rio Mondego inundaram os estabelecimentos duas vezes, levaram a “alterar profundamente o projecto inicial”, lembrou Manuel Machado. O atelier do arquitecto Camilo Cortesão, que desenhou edifício original no âmbito do programa Polis, foi contactado para repensar a estrutura construída em leito de cheia. A solução encontrada foi a construção de um piso superior, onde estarão instaladas as cozinhas, que permitam aos estabelecimentos funcionar mesmo que os pisos térreos sejam inundados.
Nesta segunda-feira, o autarca falou em “acelerar o mais possível os trabalhos”, para que o equipamento municipal possa reabrir a tempo do Verão de 2020. “Não é uma promessa, é uma vontade determinada” de que isso possa acontecer, afirmou. Para tal, a autarquia vai também dar início ao processo de concessão dos espaços enquanto decorrer a empreitada.
A câmara, avançou Machado, está a preparar uma intervenção mais geral no Parque Verde, que inclui a plantação de árvores. Já anunciada tinha sido a requalificação do Parque dr. Manuel Braga, também na margem direita do Mondego, imediatamente a jusante. Entre outras alterações, esse processo levará ao desmantelamento da estrutura que alberga o restaurante Itália, uma vez que é “resultado de várias ampliações clandestinas”, declarou o autarca. Os donos do restaurante serão convidados a mudar-se para um dos estabelecimentos do Parque Verde.
Ainda na margem direita, também a empreitada de intervenção dos muros do Mondego está suspensa. A Opway, empresa que integrava o consórcio responsável pela obra de 7,1 milhões de euros, faliu e a CMC teve também que tomar posse administrativa. De acordo com Machado, está a ser instruído o processo para lançar novo concurso para a intervenção
Também o mosteiro de Santa Clara-a-Velha, já na margem esquerda, que foi igualmente afectado pelas cheias de 2016, aguarda obras. O primeiro concurso para a intervenção de recuperação do espaço só foi aberto em 2019, com um preço base de 350 mil euros, tendo ficado deserto. Já em Setembro deste ano, a Direcção Regional da Cultura do Centro (DRCC) lançou novo concurso com uma base de 567 mil euros.