Empresários acreditam que a economia vai estagnar em 2020

Os empresários querem acordos políticos alargados “para garantir previsibilidade e estabilidade às empresas”, segundo o Barómetro Kaizen.

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25% das empresas que já adoptaram medidas para as alterações climáticas investiram em automóveis híbridos ou eléctricos. pp paulo pimenta

A maioria dos empresários inquiridos pelo barómetro Kaizen (58%) acredita que a economia portuguesa vai estagnar no próximo ano. No entanto, há mais confiança do que nos dados anteriores (12,4 pontos numa escala de 0 a 20 em vez dos 12 pontos registados em Fevereiro). O barómetro de Setembro foi divulgado esta segunda-feira. 

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A maioria dos empresários inquiridos pelo barómetro Kaizen (58%) acredita que a economia portuguesa vai estagnar no próximo ano. No entanto, há mais confiança do que nos dados anteriores (12,4 pontos numa escala de 0 a 20 em vez dos 12 pontos registados em Fevereiro). O barómetro de Setembro foi divulgado esta segunda-feira. 

A consulta mostra ainda que metade dos empresários “estima que a sua empresa registe um crescimento acumulado de entre 5% e 15% nos próximos três anos”.

No que se refere à próxima legislatura, a maioria dos empresários inquiridos (55%) assume como principal objectivo estratégico a criação de acordos políticos alargados “para garantir previsibilidade e estabilidade às empresas”. Os restantes gestores consideram como prioridade a redução da dívida pública ou dão preferência à redução da carga fiscal das empresas.

Quando questionados sobre a possível constituição do Parlamento, há uma divisão entre os empresários. Mais de metade (51%) acredita que “uma maior diversificação partidária na Assembleia da República representará um impacto negativo”, enquanto 46% não prevê que essa constituição afecte a sua actividade.

O responsável do Kaizen Institute Western Europe, António Costa, diz que estes resultados se devem às avaliações feitas pelas próprias empresas quanto ao seu nível de preparação face a “um cenário de desaceleração da economia”. Neste quadro, “as empresas que forem capazes de se antecipar” vão estar “claramente numa posição de vantagem”.

O barómetro Kaizen concluiu ainda que as alterações climáticas estão presentes na estratégia da maioria das organizações. Metade dos inquiridos refere que estas preocupações originaram medidas como a alteração nos procedimentos para reduzir os consumos, a redução da pegada ambiental, investimentos nos edifícios para a sua sustentabilidade ou até incluir veículos híbridos e eléctricos na sua frota automóvel. 

A igualdade de género também é um tema relevante na política das empresas. A maioria das empresas já tomou medidas relacionadas com este tema e pretende manter o assunto presente na sua estratégia. Porém, “15% ainda não tomou medidas”, embora “pretenda fazê-lo nos próximos anos”.

No que diz respeito às áreas determinantes para o sucesso das empresas no a médio prazo, “os gestores apontam o desenvolvimento de novos produtos/serviços (54%) e a contratação e retenção de talento (51%)”.

Quanto aos desafios na gestão do negócio, 55% identifica a criação de agilidade organizacional para responder aos novos desafios impostos pelo cliente/mercado. Segue-se a optimização dos custos de forma a obter a rentabilidade desejada e a transformação da estratégia em iniciativas concretas que permitam gerar resultados.

A edição de Setembro do barómetro Kaizen, promovido pelo Kaizen Institute, foi apurada através de um painel mais de 200 gestores de topo de empresas nacionais, como a Amorim, Galp Energia, Sonae, Efacec, Luís Simões, BNP Baripas, entre outras - no seu conjunto representam mais de 30% do PIB de Portugal.

O Kaizen Institute é uma multinacional fundada na Suíça, e fornece serviços de consultoria para empresas em todo o mundo e está representado em mais de 35 países.