BE quer ser como Arnaut e Semedo e fazer o que já foi feito

Catarina Martins voltou a insistir na defesa e recuperação do Serviço Nacional de Saúde.

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O BE fez uma arruada sábado à tarde no Parque das Nações em Lisboa LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Com metade da campanha feita, o BE quis olhar para trás. A líder bloquista recuou até à fundação do Serviço Nacional de Saúde para lembrar como o diálogo entre forças políticas trouxe “soluções para o país”. “Vejam bem a lição que nos deram: um fundador e ex-presidente do PS [António Arnaut] e um ex-coordenador do Bloco de Esquerda [João Semedo], ambos homens de partido que puseram a convergência acima de tudo”, apontou Catarina Martins, no almoço nacional que juntou fundadores, deputados e candidatos bloquistas na Feira Internacional de Lisboa este sábado.

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Com metade da campanha feita, o BE quis olhar para trás. A líder bloquista recuou até à fundação do Serviço Nacional de Saúde para lembrar como o diálogo entre forças políticas trouxe “soluções para o país”. “Vejam bem a lição que nos deram: um fundador e ex-presidente do PS [António Arnaut] e um ex-coordenador do Bloco de Esquerda [João Semedo], ambos homens de partido que puseram a convergência acima de tudo”, apontou Catarina Martins, no almoço nacional que juntou fundadores, deputados e candidatos bloquistas na Feira Internacional de Lisboa este sábado.

Apesar de ter começado o discurso afirmando que “o Governo nada teria feito” sem bloquistas e comunistas e que “as decisões da maioria foram graças aos três”, Catarina Martins descreveu a “geringonça” como “a melhor notícia que Portugal teve nos últimos quatro anos”.

E deixou claro que tenciona repetir a solução adoptada há quatro anos. “Três semanas antes das eleições de 2015, disse a António Costa que faríamos uma maioria de governo se o PS aceitasse três condições: descongelar as pensões, não diminuir a contribuição das empresas para a Segurança Social e não facilitar os despedimentos”, assinalou.

A uma semana das eleições, Catarina Martins não citou exigências, mas partilhou objectivos. “Do que precisamos é de Arnauts e Semedos. De gente de vontade que tem capacidade de ver soluções.”

Num almoço organizado para 1500 pessoas, mas com uma dezena de mesas vazias, os bloquistas não serviram só sorrisos. Mariana Mortágua foi mais crítica e lançou-se ao PS. “Fizemos o que tínhamos de fazer, fizemos o que tinha de ser feito e quem agora pede poder absoluto, não faz em nome da estabilidade do país, fá-lo por facilitismo, para escapar ao confronto das ideias, para escapar ao escrutínio acrescido, para escapar à exigência permanente que implica negociar cada medida”, afirmou.

Os bloquistas terminaram o dia com uma arruada no Parque das Nações antes de recuperar forças para a segunda semana de campanha.