Aveiro tem uma Porta que dá acesso privilegiado a bom café
A cidade da ria acaba de ganhar uma coffee shop. Há mais de uma dezena de variedades de café para provar e o convite passa mesmo por relaxar.
Nas cidades, como na vida, há sempre novas portas que se abrem. Em Aveiro, acaba de abrir uma que dá acesso a um recanto impregnado do aroma a café. Acabado de fazer, na máquina, balão ou filtro. Um cheiro que inebria, tornando a entrada quase obrigatória. E o melhor de tudo? Na Porta do Café nem precisa de bater antes de entrar. Basta seguir o olfacto e sentar-se à mesa, usufruindo da tranquilidade daquela que é a primeira coffee shop da cidade da ria.
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Nas cidades, como na vida, há sempre novas portas que se abrem. Em Aveiro, acaba de abrir uma que dá acesso a um recanto impregnado do aroma a café. Acabado de fazer, na máquina, balão ou filtro. Um cheiro que inebria, tornando a entrada quase obrigatória. E o melhor de tudo? Na Porta do Café nem precisa de bater antes de entrar. Basta seguir o olfacto e sentar-se à mesa, usufruindo da tranquilidade daquela que é a primeira coffee shop da cidade da ria.
Protegida pela sua própria localização – está situada nas traseiras dos Paços do Concelho, numa rua pequena e pacata –, a Porta do Café quer ser esse espaço onde se vai e se fica, deixando o frenesim à porta. É pelo menos esse o convite que nos é lançado por Carlos Calisto e Mara Almeida, o casal que ousou partilhar a sua paixão pelo café com quem vive e visita a cidade de Aveiro.
Tudo começou com o balão, com mais de 60 anos, “roubado” na casa dos pais de Carlos. Foi à volta dele que foram cumprindo todo um ritual à volta do café. “Em casa, sempre apreciámos e servimos um bom café”, justificam. E quando sentiram que estava na altura de abrirem um negócio próprio, a escolha não foi difícil. Ele tem 45 anos e já há muitos anos que trabalhava na hotelaria. Ela tem 37 e é arquitecta paisagista – estava a trabalhar como investigadora na Universidade de Évora antes de regressar a Aveiro.
Mais do que um projecto em comum, a Porta do Café é uma “extensão” da casa de Carlos e Mara. Pelo cuidado com que preparam o café, pela simpatia com que recebem os clientes. E também porque cada móvel, parede ou planta que decoram o espaço têm um dedo deles. Apostaram numa decoração simples, com materiais naturais – conjugando a madeira, a pedra e as plantas – e recuperando algum mobiliário antigo. A porta de madeira que decora uma das paredes – numa clara alusão ao nome da casa – foi comprada “num vendedor de velharias” e as cadeiras e os bancos que ladeiam as cinco mesas existentes no espaço também foram “todos recuperados”. Há até um banco com uma inscrição curiosa debaixo do tampo: “Landinha, o prometido é devido. Sempre assim fui pensando. Se os tios tiverem morrido, o banco é do Rui Fernando.”
Vários cafés de especialidade
O grande destaque da carta da casa são os cafés de especialidade (100% arábica). Também se serve por ali (e bem) café blend (que mistura arábica e robusta). “O blend é feito com café Delta e servido nas versões Espresso Bio e Café Filtro Bio”, explica Mara. Leu bem: e-s-p-r-e-s-s-o. Na Porta do Café não se servem expressos. Já no que toca aos cafés de especialidade, há muito por onde escolher. A lista compreende 11 variedades de café e seis métodos de extracção diferentes: aos mais conhecidos (balão, espresso e filtro) juntam-se a prensa francesa, o aeropress e o chemex. Com uma certeza: “Diferentes métodos resultam em diferentes sabores”, assegura a gerência da Porta do Café.
Carlos e Mara não deixaram a escolha dos torradores por mãos alheias, apostando em fornecedores de qualidade. “Trabalhamos com um português, a SGT Martinho, e com a Nomad, de Barcelona, e o Fjord, da Alemanha”, destaca Carlos Calisto, a propósito das marcas que trazem até à Porta do Café sabores do Brasil, Etiópia, Colômbia e El Salvador, entre outros países.
Para quem gosta de acompanhar o café com qualquer coisa para trincar, a carta contempla alguma pastelaria, bolachas, bem como várias opções de tostas. A estrela da casa é tosta de mozzarella com tomate, bem como a torrada de requeijão com mel. Feitas a partir de pão artesanal de mistura de trigo com milho, as tostas e as torradas da casa são especialmente recomendadas para quem procura “um almoço ligeiro” ou aquele “lanchinho de final da manhã ou da tarde”, propõem os gerentes da Porta do Café.
Naquele espaço intimista também se servem outras bebidas: cappuccino, chocolate quente, chás, sumos, cerveja, vinho e gin estão entre as opções. Tudo para evitar que alguém ouse ficar do lado de lá da porta. Para quem estiver com tempo, também há uma poltrona, com o jornal do dia para ler.