O PS, os empecilhos e as circunstâncias
Só nos resta é fazer com que as circunstâncias o obriguem a mudar. E isso só votando nos “empecilhos” à esquerda do PS.
1975, de novo. Era inevitável que esta retórica do PS e de Costa contra os partidos à sua esquerda (“os empecilhos” à governação), e em especial contra o Bloco (“irresponsável”, não fiável) o fizesse regressar à memória da Revolução. Omitindo que foi Costa abriu as hostilidades, Manuel Alegre, que foi dos que, ao contrário de boa parte dos atuais ministros, aplaudiu os acordos à esquerda de 2015, acha que “o Bloco voltou metaforicamente ao verão de 1975”, como se “fosse preciso (...) criar outro partido verdadeiramente socialista” (PÚBLICO, 23.9.2019). É que, pelo menos desde aquela famosa tirada de Mário Soares sobre ser necessário “meter o socialismo na gaveta” (1978) dadas as condições económicas do país, que o PS sabe bem que essa é a dúvida que toda a gente tem em Portugal sobre ele.
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1975, de novo. Era inevitável que esta retórica do PS e de Costa contra os partidos à sua esquerda (“os empecilhos” à governação), e em especial contra o Bloco (“irresponsável”, não fiável) o fizesse regressar à memória da Revolução. Omitindo que foi Costa abriu as hostilidades, Manuel Alegre, que foi dos que, ao contrário de boa parte dos atuais ministros, aplaudiu os acordos à esquerda de 2015, acha que “o Bloco voltou metaforicamente ao verão de 1975”, como se “fosse preciso (...) criar outro partido verdadeiramente socialista” (PÚBLICO, 23.9.2019). É que, pelo menos desde aquela famosa tirada de Mário Soares sobre ser necessário “meter o socialismo na gaveta” (1978) dadas as condições económicas do país, que o PS sabe bem que essa é a dúvida que toda a gente tem em Portugal sobre ele.