Novo Banco perdoa 25 milhões de euros à Malo Clinic

Grupo de medicina dentária fica com um passivo de 27 milhões de euros, depois de no PER aprovado terem sido perdoadas dívidas totais de mais de 40 milhões de euros.

Foto
Miguel Manso

O acordo extrajudicial que a Maló Clinic terá conseguido assinar em sede de Processo Especial de Revitalização (PER) impõe ao principal credor do grupo de medicina dentária, o Novo Banco, o perdão de mais de metade da sua dívida. O Jornal de Negócios, que avança com a notícia, refere que as perdas impostas aos restantes credores chegam aos 90%. Para um total de dívida reconhecida de 67,5 milhões de euros a 88 credores, o plano de recuperação que está em vias de homologação estabelece um perdão superior a 40 milhões de euros à clinica fundada pelo dentista Paulo Sérgio Maló de Carvalho

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O acordo extrajudicial que a Maló Clinic terá conseguido assinar em sede de Processo Especial de Revitalização (PER) impõe ao principal credor do grupo de medicina dentária, o Novo Banco, o perdão de mais de metade da sua dívida. O Jornal de Negócios, que avança com a notícia, refere que as perdas impostas aos restantes credores chegam aos 90%. Para um total de dívida reconhecida de 67,5 milhões de euros a 88 credores, o plano de recuperação que está em vias de homologação estabelece um perdão superior a 40 milhões de euros à clinica fundada pelo dentista Paulo Sérgio Maló de Carvalho

Contas feitas, o Novo Banco deverá perdoar cerca de metade de uma dívida de mais de 51 milhões de euros. Em declarações ao Jornal de Negócios, fonte oficial do Novo Banco disse que não se referia a casos concretos, mas frisou que a instituição bancária “tenta com o seu voto apoiar, quando possível, soluções que preservem os postos de trabalho e a actividade de empresas em processos de recuperação”.

Os credores da Maló Clinic reclamavam 95,6 milhões de euros, mas apenas 67,5 milhões foram reconhecidos. De entre os créditos que não foram validados destacam-se aqueles que foram reclamados pelo próprio fundador da empresa, que se constituiu credor e que já não é accionista do grupo, que foi vendido já este ano ao fundo Atena. Paulo Maló reclamava 2,68 milhões de euros em créditos, mas “não apresentou qualquer documentação relativa ao valor reclamado”, segundo revela o jornal.

A Maló Clinic está em mais de 60 cidades, de 25 países, com consultórios próprios ou franchising. O volume de negócios será de cerca de 30 milhões de euros.