Finanças públicas. O défice desapareceu, mas o futuro mantém-se incerto

Os resultados históricos obtidos com a redução do défice e o regresso do país a taxas de crescimento acima da média da zona euro não fizeram desaparecer as incertezas em relação à sustentabilidade da história de sucesso económico do país.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Um défice público ao nível mais baixo das últimas quatro décadas e meia, uma economia a crescer mais do que a média europeia e um mercado de trabalho que criou 335 mil empregos nos últimos quatro anos, dão ao Governo motivos fortes para fazer das finanças públicas e da conjuntura económica os seus temas preferidos na altura de fazer um balanço da legislatura. Ainda assim, por trás destes números favoráveis há outros, como a ausência do contributo da produtividade para o crescimento económico ou a dependência de um cenário de juros baixos para manter o défice a zero, que atenuam a imagem de sucesso da política económica e orçamental dos últimos anos, lançando alguma incerteza em relação à sustentabilidade dos resultados obtidos.

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