Open House Lisboa: 50 lugares para visitar neste fim-de-semana
Descobrir a cidade de forma menos usual é a proposta da iniciativa Open House que este ano reúne 46 cidades pelo mundo.
São 50 espaços para descobrir uma “Lisboa sem centro” abertos à população com o desafio de descentralizar, diversificar e ampliar o conhecimento arquitectónico da capital. A iniciativa Open House apresenta 27 espaços em estreia, actividades para os mais novos, e visitas acessíveis para pessoas com limitações físicas, além de um programa com percursos de bicicleta, trotinete e metro. Partindo da questão comum aos temas emergentes no actual debate público sobre a transformação de Lisboa — habitação, espaço público, mobilidade, património, segregações —, a nova proposta de roteiro desta edição, concebida pela arquitecta e investigadora Patrícia Robalo, integra espaços que excluem o centro de Lisboa.
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São 50 espaços para descobrir uma “Lisboa sem centro” abertos à população com o desafio de descentralizar, diversificar e ampliar o conhecimento arquitectónico da capital. A iniciativa Open House apresenta 27 espaços em estreia, actividades para os mais novos, e visitas acessíveis para pessoas com limitações físicas, além de um programa com percursos de bicicleta, trotinete e metro. Partindo da questão comum aos temas emergentes no actual debate público sobre a transformação de Lisboa — habitação, espaço público, mobilidade, património, segregações —, a nova proposta de roteiro desta edição, concebida pela arquitecta e investigadora Patrícia Robalo, integra espaços que excluem o centro de Lisboa.
De acordo com a arquitecta, “pretende-se superar a exemplaridade da cidade tradicional como construção única da condição urbana” durante dois dias, cem espaços inéditos no evento a poderem ser visitados, como o Convento de São Domingos ou a Escola Superior de Música e o edifício da GS1 Portugal — por norma inacessíveis. Também as redes de mobilidade fazem parte do roteiro — Metro, Mercado de Arroios, Feira do Relógio, Rede de Artes e Ofícios de Lisboa e ciclovia sendo o público convidado a perceber o espaço construído das estações, galerias e oficinas. Há percursos inéditos para serem feitos de bicicleta, skate ou trotinete, assim como quatro percursos comentados pela comissária, feitos pela Rede de Metro.
Organizado pela Trienal de Lisboa e pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), o Open House Lisboa está integrado no programa Lisboa na Rua. Para a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, “o Open House é uma forma intimista e democrática de conhecer o património público e privado das cidades, com múltiplas visitas abertas a qualquer pessoa”, estabelecendo-se assim como “uma oportunidade única para conhecer Lisboa de uma forma diferente da habitual, e também para reflectir sobre as transformações da cidade”.
Patrícia Robalo é arquitecta pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, vive e trabalha na capital e é doutoranda na Faculdade de Arquitectura do Porto, com investigação sobre a construção metropolitana de Lisboa.
Lançada em 1992, em Londres, a rede internacional Open House Worldwide reúne, em 2019, um total de 46 cidades em todo o mundo, sendo este ano as novas cidades aderentes Brno (República Checa), Talin (Estónia), Valência (Espanha) e Nápoles (Itália).