Número de médicos a fazer formação em 2020 será o maior de sempre

O mapa de capacidades formativas do próximo ano “vai ultrapassar claramente as 1.800 vagas”, adiantou o bastonário da Ordem dos Médicos.

Foto
Rui Gaudencio

O número de vagas para internato médico do próximo ano será o “maior de sempre”, anunciou nesta sexta-feira a Ordem dos Médicos, adiantando que haverá mais de 1.800 vagas para especialização, mais uma centena do que no ano passado. O anúncio foi feito pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, num discurso na Conferência “SNS aos 40”, em Lisboa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O número de vagas para internato médico do próximo ano será o “maior de sempre”, anunciou nesta sexta-feira a Ordem dos Médicos, adiantando que haverá mais de 1.800 vagas para especialização, mais uma centena do que no ano passado. O anúncio foi feito pelo bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, num discurso na Conferência “SNS aos 40”, em Lisboa.

Em declarações posteriores aos jornalistas, Miguel Guimarães adiantou que haverá mais de 1.800 vagas para os médicos que vão iniciar a sua formação na especialidade, um reforço em relação ao ano anterior e, segundo o bastonário, o maior número de vagas de sempre. Mesmo assim, segundo adiantou há uma semana ao PÚBLICO Patrícia Pita Ferreira, uma das responsáveis pela organização do Congresso Nacional do Interno de Formação Geral, cerca de 600 médicos não terão acesso à formação especializada. 

“O mapa de capacidades formativas vai ser o maior de sempre. Vai ultrapassar claramente as 1.800 vagas. Foi um mapa bem ponderado, com muito trabalho da parte dos colégios de especialidade e de outros envolvidos. Tentou-se maximizar as vagas, mantendo a qualidade”, afirmou.

Mas mais médicos em formação no SNS não significa que todos os especialistas fiquem a trabalhar no serviço público, reconhece Miguel Guimarães. Por isso mesmo, e apesar deste aumento, o bastonário salientou que “o grande desafio do Serviço Nacional de Saúde” é o de se manter “atractivo para as novas gerações”.

“É preciso fazer alguma coisa para que os médicos fiquem cá e no SNS. Temos uma nova vaga de médicos que é mais exigente em termos de condições de trabalho e mais receptiva a procurar alternativas que satisfaçam as suas necessidades”, avisa o bastonário.

Miguel Guimarães disse não ser possível indicar, de forma global e genérica, as razões para o aumento das vagas, tendo de ser analisado caso a caso. Nalgumas situações tem a ver com a reposição de capacidade formativa nos serviços, noutros pode estar ligado à reorganização de unidades, havendo também um aumento de vagas nos hospitais privados.