Guimarães quer valorizar “garra vimarenense” para conseguir mais turismo
Município quer ter mais turistas por mais tempo. Estudo propôs 48 medidas para pôr Guimarães no mapa. Não só nacional
O Verão, prestes a terminar, foi quente para Guimarães, no que ao turismo diz respeito. O conjunto formado pelo Castelo, o Paço dos Duques de Bragança, o Museu Alberto Sampaio, o Centro Internacional de Artes José de Guimarães e a Casa da Memória atingiu, nos meses de Julho e de Agosto, as 339 mil visitas, uma subida de 8,3% face a 2018. Já a afluência aos postos de turismo (49.359 visitas) superou em 42% o valor do ano transacto e quase igualou a de 2012 (51.730), enquanto a taxa de ocupação nos hotéis foi de 76%, o mesmo valor de 2018. “Os números comprovam a importância de Guimarães”, disse a vereadora municipal do turismo, Sofia Ferreira, nesta terça-feira, após a exposição dos dados estatísticos.
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O Verão, prestes a terminar, foi quente para Guimarães, no que ao turismo diz respeito. O conjunto formado pelo Castelo, o Paço dos Duques de Bragança, o Museu Alberto Sampaio, o Centro Internacional de Artes José de Guimarães e a Casa da Memória atingiu, nos meses de Julho e de Agosto, as 339 mil visitas, uma subida de 8,3% face a 2018. Já a afluência aos postos de turismo (49.359 visitas) superou em 42% o valor do ano transacto e quase igualou a de 2012 (51.730), enquanto a taxa de ocupação nos hotéis foi de 76%, o mesmo valor de 2018. “Os números comprovam a importância de Guimarães”, disse a vereadora municipal do turismo, Sofia Ferreira, nesta terça-feira, após a exposição dos dados estatísticos.
Mas Guimarães quer mais, apontou a vereadora: crescer “com qualidade”, de forma a tornar-se um “destino turístico sustentável, inclusivo, onde os visitantes, mas principalmente os habitantes, se sintam felizes”. Para concretizar esse propósito, a câmara apresentou uma estratégia turística em resultado de um estudo desenvolvido no último ano pela empresa Bloom Consulting. Para o director-geral, Filipe Roquette, a cidade minhota é reconhecida em todo o país pelos monumentos e pela associação à fundação de Portugal, mas quem a visita não sente uma “experiência única”, embora goste do que vê. E o reconhecimento internacional é “ainda baixo”, tendo somente alguma expressão no Brasil, em Espanha e em França.
Para levar Guimarães além do turismo de “curta estadia”, concentrado no seu centro histórico, o consultor apresentou um programa para enaltecer o “orgulho dos cidadãos no território” – característica a que chamou “garra vimaranense” -, com 48 medidas, assentes em três eixos. “Existem muitos castelos e muitas paisagens lindíssimas pelo mundo fora, mas, se calhar, não existem muitos sítios onde as pessoas vivem a sua terra desta forma”, argumentou.
O programa inclui assim medidas como o mapeamento de costumes do concelho de Guimarães, a divulgação de pequenas histórias do território com regularidade nas redes sociais, a instalação de um posto de turismo no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, acesso mais fácil a bicicletas pelos turistas e ainda a criação de uma relação mais próxima entre os habitantes e os visitantes, seja pela formação de voluntários, seja pela iniciativa Guimarães Acolhe, na qual os vimaranenses recebem turistas na própria casa. “Trata-se, no fundo, de humanizar a experiência, numa fase em que muitos destinos estão a perder isso”, explicou Filipe Roquette.
O presidente da câmara, Domingos Bragança, realçou, no final da apresentação, que a implementação de tais medidas requer um esforço conjunto com a Turismo de Portugal, a entidade Turismo Porto e Norte, agentes económicos ligados à hotelaria, restauração e comércio local e ainda com entidades culturais e educativas. O arranque deste plano, prevê, deve acontecer ainda em 2019.