“As escolas de arte educam os alunos para serem um Leonardo da Vinci”
O uruguaio Luis Camnitzer, nome fundamental da arte conceptual, tem a sua primeira exposição em Portugal. Diz que a procura da beleza promove a mediocridade e que o sistema de ensino da arte está todo errado.
Na parede da sala de exposições do Hangar, um pequeno centro de arte independente situado no bairro da Graça, em Lisboa, está um ponto preto. Ao lado, algumas instruções inscritas numa placa mandam quem visita a primeira exposição em Portugal de Luis Camnitzer, um nome histórico da arte conceptual, pegar num lápis e tornar-se co-autor desta instalação intitulada Cuaderno de Ejercicios. “Quanto mais depressa o público começar a criar sozinho sem a minha ajuda, mais bem-sucedido sou como artista”, diz-nos o uruguaio nesta entrevista feita antes da inauguração, esperando que daqui a umas semanas a parede esteja cheia de desenhos, frases ou outra coisa qualquer, como aconteceu na retrospectiva que o Museu Rainha Sofia, em Madrid, lhe dedicou no ano passado. “Aquilo em que realmente acredito é que falhei quando tenho de fazer arte.”
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Na parede da sala de exposições do Hangar, um pequeno centro de arte independente situado no bairro da Graça, em Lisboa, está um ponto preto. Ao lado, algumas instruções inscritas numa placa mandam quem visita a primeira exposição em Portugal de Luis Camnitzer, um nome histórico da arte conceptual, pegar num lápis e tornar-se co-autor desta instalação intitulada Cuaderno de Ejercicios. “Quanto mais depressa o público começar a criar sozinho sem a minha ajuda, mais bem-sucedido sou como artista”, diz-nos o uruguaio nesta entrevista feita antes da inauguração, esperando que daqui a umas semanas a parede esteja cheia de desenhos, frases ou outra coisa qualquer, como aconteceu na retrospectiva que o Museu Rainha Sofia, em Madrid, lhe dedicou no ano passado. “Aquilo em que realmente acredito é que falhei quando tenho de fazer arte.”