“Não nos renderemos”, gritam manifestantes junto ao consulado britânico em Hong Kong

Citando Churchill e com cartazes a dizer “SOS Hong Kong”, os manifestantes desafiam as autoridades que proibiram a concentração convocada pela Frente Civil dos Direitos Humanos para este domingo.

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No exterior do consulado britânico em Hong Kong juntaram-se este domingo centenas de manifestantes, à procura de apoio internacional, nomeadamente do Reino Unido, na luta que dura há quase quatro meses por reformas democráticas no território chinês de administração especial.

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No exterior do consulado britânico em Hong Kong juntaram-se este domingo centenas de manifestantes, à procura de apoio internacional, nomeadamente do Reino Unido, na luta que dura há quase quatro meses por reformas democráticas no território chinês de administração especial.

“Não nos rendemos”, “Deus proteja a rainha”, “Reino Unido salva Hong Kong”, entoaram os manifestantes, enquanto agitaram bandeiras britânicas.

Nos cartazes, descreve o Guardian, lê-se “SOS Hong Kong” e citações de Winston Churchill: “Vamos enfrentar a tempestade da guerra e sobreviver à ameaça da tirania – se necessário durante anos, se necessário sozinhos”.

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Manifestantes, junto ao consulado britânico em Hong Kong, com um cartaz a citar Winston Churchill ATHIT PERAWONGMETHA/REUTERS

A manifestação deste domingo foi proibida pela polícia, invocando razões de segurança e advertindo que quem participasse em actividades interditadas corria o risco de ser detido e acusado.

Nas ruas da antiga colónia britânica, os manifestantes apelam ao território a que pertenceram desde meados do século XIX para exercer pressão para que a autonomia da cidade seja mantida com base nos acordos feitos entre o Reino Unido e a China em 1997, quando a China recuperou a soberania.

Já no início de Setembro os manifestantes se tinham concentrado junto da representação britânica e no fim-de-semana passado junto no consulado dos Estados Unidos da América.

Os protestos foram desencadeados em Junho pela proposta de lei de extradição que foi considerada um instrumento judicial para Pequim uma vez que previa que suspeitos fossem enviados para julgamento na China continental.

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As manifestações prosseguem, apesar de a chefe do governo local, Carrie Lam, ter retirado a proposta de lei. Os manifestantes têm, porém, mais quatro exigências, entre elas o sufrágio universal nas eleições para escolher o chefe do governo e o parlamento, a demissão de Lam e a libertação imediata dos detidos nos protestos.

Neste sábado, no Plaza Amoy, um centro comercial em Kowloon Bay, manifestantes pró-Pequim e anti-governo envolveram-se em confrontos

O governo de Hong Kong não afasta a hipótese de declarar o estado de emergência se os protestos continuarem.