No final do século, o Algarve terá menos 80% de água mas rega-se mais que nunca

O nordeste algarvio já vive momentos dramáticos. Cerca de três quilómetros da ribeira de Odeleite estão salinizados e as populações do interior de Castro Marim estão a ser abastecidas por auto-tanques. Os furos artesianos secaram.

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Nas serras de Alcoutim e Castro Marim sente-se o cheiro da esteva a esturricar ao sol, lembrando o deserto ali tão perto... Não faltam sinais de alerta por toda esta zona do interior. A ribeira de Odeleite, afluente do rio Guadiana, encontra-se salinizada numa extensão de cerca de três quilómetros. A região caminha a passos largos para a pré-desertificação e a zona nordeste está na linha da frente. O Plano Intermunicipal para de Adaptação às Alterações Climáticas (PIAAC) prevê, no pior cenário, uma região praticamente desértica no final do século. A manter-se a curva decrescente da precipitação, destaca o estudo, as reservas hídricas sofrerão uma redução na ordem dos 83%.

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Nas serras de Alcoutim e Castro Marim sente-se o cheiro da esteva a esturricar ao sol, lembrando o deserto ali tão perto... Não faltam sinais de alerta por toda esta zona do interior. A ribeira de Odeleite, afluente do rio Guadiana, encontra-se salinizada numa extensão de cerca de três quilómetros. A região caminha a passos largos para a pré-desertificação e a zona nordeste está na linha da frente. O Plano Intermunicipal para de Adaptação às Alterações Climáticas (PIAAC) prevê, no pior cenário, uma região praticamente desértica no final do século. A manter-se a curva decrescente da precipitação, destaca o estudo, as reservas hídricas sofrerão uma redução na ordem dos 83%.