Mário Centeno esclarece que não pretende concorrer a governador do Banco de Portugal

“Às vezes há uma certa sanha interpretativa daquilo que se diz e se responde”, lamentou o ministro das Finanças e candidato pelo PS no círculo de Lisboa às legislativas de 6 de Outubro.

Foto
Mário Centeno clarificou declarações sobre o seu futuro político LUSA/KIMMO BRANDT

O ministro das Finanças, Mário Centeno, esclareceu este sábado que não pretende candidatar-se a governador do Banco de Portugal e que se limitou a responder a uma questão que lhe foi colocada sobre o perfil para o cargo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, esclareceu este sábado que não pretende candidatar-se a governador do Banco de Portugal e que se limitou a responder a uma questão que lhe foi colocada sobre o perfil para o cargo.

“Não houve nem polémica nem candidatura. A única coisa que eu fiz foi: perante uma pergunta sobre qualificações, respondi naturalmente, comparando a importância do cargo do Banco de Portugal com o do director-geral do FMI. É só isso, não tem rigorosamente mais informação nenhuma”, declarou.

Centeno falava aos jornalistas em Helsínquia, à entrada para uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia, ao ser questionado sobre as suas declarações no programa da TSF, Bloco Central, quando admitiu ter perfil para ser governador do Banco de Portugal.

“Às vezes há uma certa sanha interpretativa daquilo que se diz e se responde”, lamentou. “Era absolutamente natural que essa avaliação fosse feita perante a pergunta que me foi colocada. Não há polémica nem candidatura”, reforçou.

No programa de quinta-feira da TSF, Mário Centeno, ao ser questionado sobre se tinha perfil para ser governador do Banco de Portugal, admitiu que sim, ao compará-lo ao de director-geral do Fundo Monetário Internacional, ao qual foi ‘candidato a candidato’.

“Se eu me vejo com perfil para ser governador do Banco de Portugal? Se houver um perfil de um governador do Banco de Portugal é mais ou menos a mesma coisa do que ser director geral do FMI, do ponto de vista das qualificações, e, portanto, não vejo onde pudesse estar aí uma dificuldade”, respondeu então.