Fogo na Sertã faz dez feridos e já consumiu pelo menos mil hectares de floresta
Pelo menos dez pessoas, nove bombeiros e um civil, sofreram ferimentos ligeiros. As chamas obrigaram também ao corte da Estrada Nacional (EN) 2 entre Vila de Rei e Sertã. Incêndio já consumiu pelo menos mil hectares de floresta.
Mais de 500 operacionais, apoiados por mais de 100 viaturas, combatiam às 00h30 um incêndio florestal na Sertã. As chamas já obrigaram ao corte da Estrada Nacional (EN) 2 nos dois sentido entre Vila de Rei e Sertã, disse à Lusa fonte da Protecção Civil.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Mais de 500 operacionais, apoiados por mais de 100 viaturas, combatiam às 00h30 um incêndio florestal na Sertã. As chamas já obrigaram ao corte da Estrada Nacional (EN) 2 nos dois sentido entre Vila de Rei e Sertã, disse à Lusa fonte da Protecção Civil.
Segundo a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco, o incêndio, que deflagrou pelas 14h50, na localidade de Marmeleiro, concelho da Sertã, “está activo e lavra com intensidade devido ao vento que se faz sentir no local”.
O número de feridos no incêndio aumentou de seis para dez, nove bombeiros e um civil, disse à agência Lusa a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC). “No que diz respeito a feridos, no teatro de operações da Sertã, temos o registo de dez feridos, nove dos quais bombeiros e um civil”, explicou Miguel Oliveira, comandante de serviço na ANEPC, em Carnaxide, Oeiras, acrescentando que “está a ser avaliada e actualizada” a informação acerca do estado clínico destes feridos.
De acordo com o CDOS de Castelo Branco, o fogo está a lavrar em zona florestal “com intensidade” e tem-se aproximado das localidades de Cardiga Cimeira, Albergaria e Bernardia. “Para já não está prevista a evacuação de localidades, sendo que os bombeiros têm feito um esforço adicional para proteger as habitações, as pessoas e bens”, afirmou.
A mesma fonte adiantou que a Estrada Nacional (EN) 2 continua cortada “por precaução” e para permitir o trabalho dos bombeiros no terreno.
À Lusa, fonte da Protecção Civil avançou que o incêndio de grandes dimensões estava a ceder ao combate “com lentidão”. “O incêndio está a ceder aos meios de combate, com lentidão, devido à orografia do terreno. Estão [os meios] a conseguir dominar as áreas activas, sendo que ardem com mais intensidade dois dos seis sectores do incêndio”, explicou à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Castelo Branco.
Na localidade de Cumeada, as pilhas de madeira armazenadas no exterior de uma fábrica foram atingidas pelas chamas, sem que as instalações estejam em perigo: “A fábrica está protegida”, adiantou. A mesma fonte disse ainda que aguardam pela chegada ao teatro de operações de mais meios que, posteriormente, irão ser posicionados no terreno.
No terreno, pelas 00h30, estavam 578 operacionais, apoiados por 175 viaturas.
A página da Protecção Civil destacava, na noite desta sexta-feira, três grandes incêndios que lavravam nos distritos de Coimbra (Miranda do Corvo), Castelo Branco (Sertã) e Vila Real (Valpaços) e que mobilizavam quase 500 operacionais e mais de 100 viaturas cada um. No total, pelas 00h30, cerca de 2600 operacionais e 790 viaturas combatiam mais de 70 incêndios em todo o país, 25 dos quais em curso, seis em resolução e 42 em conclusão.
Incêndio já consumiu pelo menos mil hectares de floresta
O presidente da Câmara da Sertã, José Farinha Nunes, disse à Lusa que já arderam “pelo menos mil hectares” de floresta, consumidos pelo incêndio que deflagrou no concelho.
O autarca explicou que o fogo “tomou rapidamente grandes proporções. Ninguém estava à espera”, frisou. Quanto à situação no teatro de operações, José Farinha Nunes disse que o fogo acalmou. “A situação está agora [às 22h10] mais calma e parece que as coisas poderão ser controladas. Há máquinas de rasto no terreno a abrir aceiros. O receio está no dia de amanhã por causa dos ventos que estão previstos”, sustentou.
O autarca adiantou ainda que, para já, não há quaisquer situações de risco para localidades nem tão pouco se coloca a hipótese de fazer quaisquer evacuações.