Director do centro da Católica denuncia sondagem falsa
Projecções falsas circulam na Internet desde a manhã desta sexta-feira.
Ricardo Ferreira Reis, director Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica, alertou esta sexta-feira para a existência de uma sondagem falsa em nome deste grupo que está a circular na Internet.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Ricardo Ferreira Reis, director Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (CESOP) da Universidade Católica, alertou esta sexta-feira para a existência de uma sondagem falsa em nome deste grupo que está a circular na Internet.
“O Centro de Estudos e Sondagens de Opinião só produz sondagens políticas em vésperas de eleições para meios de comunicação social. E não há nenhuma sondagem do CESOP a ser publicada neste fim-de-semana, pelo que a sondagem que nos é alheia”, explicou Ricardo Ferreira Reis no Twitter, em resposta a outro utilizador da rede social.
Esta não é a primeira vez que são colocadas a circular sondagens falsas nas redes sociais, habitualmente com o propósito de favorecer ou desfavorecer algumas forças políticas.
Nas eleições europeias de Maio foram colocadas a circular diversas sondagens falsas, nomeadamente na noite eleitoral pouco antes de as secções de voto encerrarem.
Tal como explica a Comissão Nacional de Eleições no seu site, para se ter a certeza que uma sondagem é verdadeira tem que estar disponível um conjunto de elementos: quem fez a sondagem, quem a encomendou, qual o seu universo alvo e o tamanho da sua amostra, quando foi feita e de que forma. “No caso das sondagens eleitorais, será importante verificar se os resultados avançados consideram apenas a intenção directa de voto expressa pelos inquiridos ou se, pelo contrário, se tratam de projecções de voto, nas quais a abstenção, os não respondentes e os indecisos são filtrados e/ou distribuídos”, avisa a CNE. Todas estas informações, bem como as margens de erro estatístico, devem constar da “ficha técnica".
As sondagens têm dee ser comunicadas à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, que as publica no seu site. “A disponibilização de sondagens é efectuada após o decurso de 15 dias sobre a data do respectivo depósito, podendo este prazo ser encurtado caso todos os resultados da sondagem sejam publicados antes do final do mesmo”, esclarece a CNE.