Centeno admite ter “perfil” para governador do Banco de Portugal

Ministro das Finanças pede a maioria absoluta para o PS e diz que com a maioria dos votos “há objectivos mais fáceis de atingir”.

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Mário Centeno Reuters/Piroschka Van De Wouw

Ainda não é claro se Mário Centeno continuará no Governo, caso o PS ganhe as legislativas de 6 de Outubro. Mas o ainda ministro das Finanças não se coíbe, ainda que de forma indirecta, de pedir também ele uma maioria absoluta para os socialistas.

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Ainda não é claro se Mário Centeno continuará no Governo, caso o PS ganhe as legislativas de 6 de Outubro. Mas o ainda ministro das Finanças não se coíbe, ainda que de forma indirecta, de pedir também ele uma maioria absoluta para os socialistas.

“Há objectivos que são mais fáceis de atingir” se o PS tivesse maioria absoluta, diz Centeno em entrevista à rádio TSF. Para o ministro “há lições a tirar daquilo que não se conseguiu fazer nos últimos quatro anos” no Governo que contou com o apoio parlamentar do PCP, PEV e BE. “Se calhar não se conseguiu fazer de todo, ou não se conseguiu fazer com a rapidez com que se devia ter feito”, acrescenta.

E dá exemplos: “A legislação laboral e o tempo que ela levou a maturar até ser aprovada ou a reforma da supervisão financeira que não foi concretizada.”

Na entrevista à TSF, Mário Centeno não afastou o cenário de vir a liderar o Banco de Portugal. “Se eu me vejo com perfil para ser governador do Banco de Portugal… Se houver um perfil para ser governador do Banco de Portugal, é mais ou menos a mesma coisa que ser director-geral do FMI… do ponto de vista das qualificações. Não vejo onde é que pudesse estar aí uma dificuldade.”