Algarve: destino turístico por Natureza
Falar de Algarve é falar de sol, praia e mar, mas é falar também de uma terra com uma enorme diversidade biológica e paisagística.
O turismo é um dos mais importantes ativos da economia nacional e os dados do Instituto Nacional de Estatística, referentes a 2018, são expressivos disso mesmo: um contributo em cerca de 16,6 mil milhões de euros em receitas, uma representatividade de 13,7% do PIB nacional e a geração de 328,5 mil empregos.
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O turismo é um dos mais importantes ativos da economia nacional e os dados do Instituto Nacional de Estatística, referentes a 2018, são expressivos disso mesmo: um contributo em cerca de 16,6 mil milhões de euros em receitas, uma representatividade de 13,7% do PIB nacional e a geração de 328,5 mil empregos.
Este é, de facto, um setor solidificado, dinâmico e com grande capacidade de adaptação. É, acima de tudo, um setor cujo potencial está longe de esgotado e que tem ainda margem para crescer, tal como preveem os dados do World Travel & Tourism Council, que estima um crescimento em 2019 na ordem dos 5,3%, mais do dobro da média europeia, que alcança os 2,5%.
Mas a que se deve o crescimento? Certamente à convergência de fatores tão diversos como o aumento do fluxo de movimentos e viagens nacionais e internacionais, a estratégia em promoção externa, a melhoria de equipamentos e infraestruturas turísticas ou ao investimento de entidades públicas e privadas. Mas deve-se, acima de tudo, à aposta num novo paradigma de oferta, cujo foco passa pela complementaridade dos produtos turísticos.
É, naturalmente, o caso do Algarve. E sublinho “naturalmente” porque a região tem na Natureza um dos seus maiores ativos turísticos.
Falar de Algarve é falar de sol, praia e mar – que desde os anos 60 do século XX têm feito da região uma referência para turistas nacionais e europeus –, mas é falar também de uma terra com uma enorme diversidade biológica e paisagística. Do Barlavento ao Sotavento, são mais de 200 quilómetros de costa, que proporcionam um sem número de atividades ligadas ao turismo náutico, e perto de cinco mil quilómetros quadrados de um território que pode ser descoberto através de caminhadas, passeios de bicicleta, birdwatching, observação de cetáceos, surf ou passeios a cavalo. É essa, aliás, a essência do evento Algarve Nature Fest, que a Região de Turismo do Algarve promove para mostrar que o Algarve é um tesouro natural que merece ser vivenciado o ano inteiro, ao ar livre.
E se é um facto que o Turismo de Natureza tem um enorme potencial de negócio e económico, não menos o será o seu papel na sensibilização para a preservação do meio ambiente e para a melhoria do bem-estar da população local. As estratégias de promoção sustentável das atividades turísticas relacionadas com a Natureza devem, por isso, ser colocadas em prática em estreita colaboração entre todos os operadores, públicos e privados.
O Algarve tem vindo a agir com base neste pressuposto, sobretudo porque os agentes do setor entendem que potenciar o Turismo de Natureza materializa uma homenagem ao que o Algarve tem de melhor: o seu território e as suas gentes que o conservam.
O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico