Rio diz que com PS no Governo conflito com os professores é “inevitável”

O líder do PSD garante que, caso ganhe as eleições, vai sentar-se à mesa das negociações.

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Rui Rio LUSA/Rui Manuel Farinha

O presidente do PSD defendeu esta quarta-feira que se o PS for governo é “inevitável” um conflito com os professores, que exigem a recuperação integral do tempo de serviço, reiterando que os sociais-democratas se sentarão “à mesa das negociações”.

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O presidente do PSD defendeu esta quarta-feira que se o PS for governo é “inevitável” um conflito com os professores, que exigem a recuperação integral do tempo de serviço, reiterando que os sociais-democratas se sentarão “à mesa das negociações”.

“Com o Partido Socialista isso já está fechado. É assim, quem quer, quer, quem não quer não quer”, afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas à margem de um almoço-debate promovido pela Confederação do Comércio e Serviços (CCP), no Porto. O candidato pelo círculo do Porto, do qual é número dois, defendeu que se o PS vencer as eleições de 6 de Outubro haverá “inevitavelmente” um conflito com os professores, porque o PS “não faz rigorosamente mais nada e os professores não aceitam isso”.

Ganhando o PSD, continuou, “aquilo que há é uma certeza absoluta” de que o partido se sentará à mesa das negociações com os professores e olhará com “muito cuidado” para a questão das carreiras, da forma como sempre defendeu. Rio considera que a contagem do tempo de serviço dos professores “tem de ser feita, uma pequena parte, por um aumento do salário mas tem de ser feita, substancialmente, pelas reduções de horários e pela antecipação da reforma”, salientou.

“Disse sempre, sempre a mesma coisa, mesmo quando foi aquela confusão que [o primeiro-ministro] se ia demitir antes das europeias”, reiterou, sublinhando que os docentes são uma classe mal remunerada. Ainda muito recentemente, apontou Rio, “o Governo aumentou os salários dos magistrados, fundamentalmente na componente que nem sequer paga IRS”, enquanto que “não foi assim” para as outras carreiras especiais da função pública, a começar pelos professores. “O país não pode dar o que não tem e isso eu não posso prometer. Agora, posso prometer respeito e negociação no sentido do equilíbrio. Esperemos que a outra parte também tenha equilíbrio”, concluiu.