Novos empréstimos ao consumo batem recorde em Julho

Empréstimos para compra de casa também aumentaram e a taxa de juro renovou novo mínimo de sempre.

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Carlos Costa, governador do Banco de Portugal tem alertado para os riscos do crédito execessivo Miguel Manso

Os bancos e outras entidades financeiras emprestaram, em Julho, um total 698 milhões de euros de crédito aos particulares, dos quais 515 milhões de euros em crédito ao consumo (essencialmente para compra de bens) e 183 milhões de euros em créditos para outros fins (como saúde, educação ou outros), o que representa o valor mais alto alguma vez emprestado num mês. Os empréstimos à habitação também aumentaram, apesar das medidas do Banco de Portugal e dos alertas para que a concessão de crédito às famílias seja feita de forma prudente.

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Os bancos e outras entidades financeiras emprestaram, em Julho, um total 698 milhões de euros de crédito aos particulares, dos quais 515 milhões de euros em crédito ao consumo (essencialmente para compra de bens) e 183 milhões de euros em créditos para outros fins (como saúde, educação ou outros), o que representa o valor mais alto alguma vez emprestado num mês. Os empréstimos à habitação também aumentaram, apesar das medidas do Banco de Portugal e dos alertas para que a concessão de crédito às famílias seja feita de forma prudente.

Em Junho, e de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal, as instituições de crédito tinham emprestado 594 milhões de euros de crédito a particulares, repartido por 420 milhões de euros de crédito ao consumo e 174 milhões de euros para outros fins.

A taxas de juro do crédito ao consumo manteve-se em Julho, pelo segundo mês consecutivo, em 7% e subiu ligeiramente nos empréstimos para outros fins, de 4,06% para 4,21%.

Os novos empréstimos à habitação também subiram significativamente, atingindo 967 milhões de euros em Julho, acima dos 849 milhões de euros de Junho, representado o valor mais alto desde Junho de 2018. A taxa de juro média do novo crédito para compra de casa renovou novo mínimo histórico, caindo para 1,26%, conta 1,33% do mês anterior.

A queda taxa de juro é influenciada pela evolução negativa da Euribor, taxa que está na base da maioria dos empréstimos, mas essencialmente à redução dos spreads, ou margem comercial dos bancos, que tem vindo a descer continuamente, estando muito próximo de 1%.

O elevado montante de crédito concedido às famílias, num quadro de taxas de juro muito baixas, levaram o Banco de Portugal a agir, através de uma medida macroprudencial para o crédito, onde estabeleceu um conjunto de critérios a que devem obedecer a avaliação de risco dos empréstimos. Ainda assim, o crescimento do crédito não abrandou.