Manifestantes pedem que Trump “liberte” Hong Kong
Milhares de pessoas concentraram-se junto ao consulado norte-americano no domingo, empunhando bandeiras dos EUA e entoando o hino deste país. Protesto começou por ser pacífico, mas repetiram-se actos de vandalismo.
Uma manifestação pró-democracia, este domingo, perto do consulado norte-americano em Hong Kong, causou distúrbios entre manifestantes e autoridades. A marcha — que começou por ser pacífica — terminou com actos de vandalismo, à semelhança do que tinha acontecido no sábado. A polícia encerrou a estação de metro central, por precaução.
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Uma manifestação pró-democracia, este domingo, perto do consulado norte-americano em Hong Kong, causou distúrbios entre manifestantes e autoridades. A marcha — que começou por ser pacífica — terminou com actos de vandalismo, à semelhança do que tinha acontecido no sábado. A polícia encerrou a estação de metro central, por precaução.
Os protestos entraram na 14.ª semana consecutiva e, apesar de referências aos EUA durante o protesto não serem novidade, foi a primeira vez que os manifestantes pediram a uma só voz que Donald Trump intervenha no conflito. A “libertação” de Hong Kong foi um dos pedidos feito ao líder norte-americano,
Viram-se várias bandeiras dos Estados Unidos e ouviu-se cantar o Star-Spangled Banner, hino norte-americano. Nas palavras de ordem proferidas, os manifestantes pediaram a Washington que aprove uma lei, apoiada por Republicanos e Democratas, para proteger a autonomia de Hong Kong em relação à China.
Vestidos de vermelho, branco e azul – as cores da bandeira americana – os manifestantes empunhavam cartazes de incentivo Trump, até adaptando o famoso slogan da sua campanha eleitoral: “Make Hong Kong great again" (fazer com que Hong Kong volte a ser grande).
A China já deixou repetidos avisos de que não irá tolerar interferência externa neste conflito.
No sábado, a violência voltou às ruas de Hong Kong. A polícia conseguiu evitar que os manifestantes ocupassem o aeroporto e perturbassem o seu funcionamento, mas muitos manifestantes ocuparam e vandalizaram as estações de metro, comportamento considerado “escandaloso” pelo Governo de Hong Kong.
Apesar do recuo anunciado na quarta-feira pela chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, de que a lei da extradição – que esteve na base dos primeiros protestos há três meses e meio – foi definitivamente retirada, os manifestantes continuam a sair à rua, não abrandando na intensidade dos protestos.