Maria João Pires organiza Canto da Terra em Belgais com convidados
Num encontro onde se celebra a voz, Maria João Pires recebe em Belgais a soprano Talar Dekrmanjian, a cantora Mísia, o pianista Theo Gheorghiu, o violinista Miura Fumiaki e o Grupo Coral de Serpa. Dias 14 e 15 de Setembro, o primeiro já com lotação esgotada.
De regresso a Portugal, com “saudades de uma casa que construiu durante 20 e tal anos”, como ela disse ao PÚBLICO em Janeiro deste ano, Maria João Pires prossegue no Centro de Artes de Belgais a série de concertos de Verão com Canto da Terra. Anunciado como “celebração da voz”, nele terão lugar o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, as vozes da soprano arménia Talar Dekrmanjian e da cantora e fadista Mísia, o violino do jovem japonês Miura Fumiaki e o piano de Maria João Pires, a anfitriã, que tem outro pianista convidado, o suíço de ascendência canadiana Teo Gheorghiu.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
De regresso a Portugal, com “saudades de uma casa que construiu durante 20 e tal anos”, como ela disse ao PÚBLICO em Janeiro deste ano, Maria João Pires prossegue no Centro de Artes de Belgais a série de concertos de Verão com Canto da Terra. Anunciado como “celebração da voz”, nele terão lugar o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, as vozes da soprano arménia Talar Dekrmanjian e da cantora e fadista Mísia, o violino do jovem japonês Miura Fumiaki e o piano de Maria João Pires, a anfitriã, que tem outro pianista convidado, o suíço de ascendência canadiana Teo Gheorghiu.
Canto da Terra decorrerá no segundo fim-de-semana de Setembro, nos dias 14 e 15, estando o primeiro dia já com lotação esgotada (são 125 lugares por concerto). Do programa constam obras de Grieg, Mendelssohn, Mahler, Schubert, Liszt, Albeniz ou Schumann. No caso de Mísia, que editou este ano Pura Vida (Banda Sonora), que teve edição internacional pela editora germânica Galileo, este encontro com Maria João Pires dá continuidade a um trabalho iniciado há 20 anos, no disco Paixões Diagonais (1999).
Em Belgais, Mísia interpretará vários poetas, em oito temas: Fado adivinha (José Saramago e Mário Pacheco), Rasto de infinito (Tiago Torres da Silva e Miguel Ramos), Espelho quebrado (David Mourão-Ferreira e Alain Oulman), Romance (Afonso Lopes Vieira e Carlos Gonçalves), Tive um coração, perdi-o (Amália Rodrigues e Fontes Rocha), Sem saber (Vasco Graça Moura e Carlos Paredes), Garras dos sentidos (Agustina Bessa-Luís, com música do Fado Menor) e Lágrima (Amália Rodrigues e Carlos Gonçalves). Cantará ainda Du bist die Ruh, um lied de Schubert que cantou pela primeira vez num concerto na Filarmónica de Bremen. As partituras para o concerto em Belgais, soube o PÚBLICO junto da cantora, foram todas transcritas para piano pelo maestro napolitano Fabrizio Romano, com quem Mísia tem trabalhado nestes anos.
No Centro de Belgais estão anunciados ainda, até final do ano, um Concerto Privado do Círculo Richard Wagner (já esgotado, em 28 Setembro), recitais de Lilit Grigoryan (5 de Outubro) e Leonardo Hilsdorf (26 de Outubro), e diálogos entre Maria João Pires e Júlio Resende (14 e 15 de Dezembro) ou Augustin Dumay (29 de Dezembro).
Maria João Pires participa ainda na Temporada 2019-2020 da Gulbenkian Música, onde dará três recitais. O primeiro é já no dia 23 de Setembro, no Grande Auditório (20h), com a soprano arménia Talar Dekrmanjian (que estará também em Belgais). No programa estão Canções para soprano e piano (uma selecção) e Sete canções para piano, do compositor arménio Komitas (1869-1935) e o Impromptus, D. 935, de Franz Schubert. O segundo será em 13 de Novembro (20h), em conjunto com a pianista arménia Lilit Grigoryan (com obras de Mozart). No terceiro, em 21 de Março de 2020 (19h), Maria João Pires interpretará, a solo, obras de Beethoven e Debussy.