Com um modelo redesenhado, a Huawei continua a lançar telemóveis com Android

O novo P30 Pro mantém as especificações técnicas do antecessor, mas com uma nova moldura (que impede dedadas), novas cores e a versão mais recente do sistema operativo.

Fotogaleria

Os próximos telemóveis da Huawei a chegar ao mercado ainda virão com o sistema operativo Android. Os novos P30 Pro – uma versão redesenhada do modelo anunciado em Maio – vão ter o Android 10, que é a versão mais recente do sistema operativo do Google. Foram apresentados esta sexta-feira no palco da IFA, uma enorme feira de tecnologia de consumo em Berlim, em que a Huawei está a participar.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os próximos telemóveis da Huawei a chegar ao mercado ainda virão com o sistema operativo Android. Os novos P30 Pro – uma versão redesenhada do modelo anunciado em Maio – vão ter o Android 10, que é a versão mais recente do sistema operativo do Google. Foram apresentados esta sexta-feira no palco da IFA, uma enorme feira de tecnologia de consumo em Berlim, em que a Huawei está a participar.

Os novos P30 Pro mantêm as especificidades técnicas do seu antecessor, mas com uma nova moldura (que impede dedadas e vem com novas cores) e a versão mais recente do Android. Ao fazer apenas alterações cosméticas, a Huawei consegue continuar a usar o sistema operativo, apesar das sanções americanas.

Muito se tem especulado sobre o futuro da marca com o Android desde Maio, altura em que o Presidente dos EUA, Donald Trump, incluiu a tecnológica chinesa numa “lista negra” de entidades às quais as empresas americanas não podem fornecer serviços ou produtos. As sanções foram anunciadas após meses em que os EUA afirmavam terem preocupações sobre espionagem por parte da empresa, mas também têm sido vistas como uma consequência da guerra comercial entre os EUA e a China. As restrições dos EUA podem afectar fortemente o negócio da Huawei, que é a marca que mais tem crescido nos últimos anos, tendo roubado em 2018 o segundo lugar à Apple no pódio do maior número de telemóveis vendidos (a sul-coreana Samsung continua na frente).

No mês passado, o Google revelou que o novo topo de gama da Huawei, o Mate 30 – que será apresentado a 19 de Setembro – não poderia ser vendido com as aplicações e os serviços do Google. Apesar de poder utilizar o Android, que é um sistema operativo em código aberto (disponível para qualquer pessoa ou empresa), sem autorização para usar aplicações da loja do Google é impossível aceder a serviços como a aplicação de mensagens WhatsApp, o Google Maps, ou redes sociais como o Instagram.

Até agora, a aplicação total das sanções à Huawei pelos EUA já foram adiadas por duas vezes (por 90 dias em Maio, e outros 90 em Agosto) – o argumento é que as empresas de telecomunicações norte-americanas precisam de tempo extra para poderem funcionar sem a tecnológica chinesa, pelo que as autoridades determinaram casos excepcionais em que empresas americanas podem fazer negócios com a Huawei. Em declarações à agência Reuters, porém, o Google explica que as excepções apenas dizem respeito a produtos que já estão no mercado.

Ao lançar um modelo ligeiramente diferente do P30 Pro com o Android 10, a marca chinesa dá uma oportunidade aos consumidores europeus de terem um telemóvel Huawei com o sistema operativo mais actualizado. Apesar da apresentação do Mate 30 estar marcada para Munique, na Alemanha, é possível que não seja lançado imediatamente na Europa. A empresa não abordou os rumores durante a IFA.

Em vez disso, a marca também aproveitou a ocasião para mostrar o novo processador Kirin 990, com um modem 5G, e a versão mais recente dos seus auriculares sem fios, os Freebuds 3, que vêm com tecnologia de cancelamento de ruído e permitem ouvir música até quatro horas sem interrupções.

Ainda assim a multinacional tem-se estado a preparar para a possibilidade de deixar de poder utilizar os serviços Android por completo. No começo de Agosto, a marca chinesa apresentou o Harmony OS, um novo sistema operativo para os aparelhos conectados da marca (por exemplo, colunas inteligentes), que a fabricante acredita poder incluir em novos telemóveis.