A Feira da Dieta Mediterrânica põe o património no prato em Tavira
No Algarve, celebra-se toda uma cultura gastronómica, Património da Humanidade, até 8 de Setembro.
Ainda a dieta mediterrânica não tinha sido promovida a Património Cultural Imaterial da Humanidade e já Tavira tinha toda uma feira a ela dedicada – uma feira que, tal como o modelo, extravasa o campo da alimentação.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Ainda a dieta mediterrânica não tinha sido promovida a Património Cultural Imaterial da Humanidade e já Tavira tinha toda uma feira a ela dedicada – uma feira que, tal como o modelo, extravasa o campo da alimentação.
À sétima edição não faltam produtos-chave como o azeite ou o tomate, para provas e degustações. Nem petiscos, mostras de sementes e demonstrações culinárias.
“Cada vez mais”, diz Artur Gregório, da organização, as pessoas “estão a organizar-se em torno do que é a sua identidade cultural. As pessoas estão a perceber que são oportunidades de negócio, sentem orgulho no que sabem fazer, cozinhar e produzir”, adiantou à Lusa o impulsionador do projecto europeu e co-organizador da feira.
Esta edição, instalada no Centro Histórico de Tavira, além de ter mais participação (150 expositores) pretende também ser mais ecológica, incluindo-se aqui o uso obrigatório do copo reutilizável, no que é "uma contagem decrescente para o fim do plástico na feira”, já que é a última edição em que será possível o uso de outros descartáveis de plástico, como pratos e talheres.
A gastronomia mediterrânica, parte integrante da dieta, pode também ser apreciada em quatro restaurantes e duas tasquinhas da Praça da Convivialidade, no Parque do Palácio da Galeria.
O programa da feira, que abriu com uma Conferência Internacional de Turismo Gastronómico Sustentável - ligada ao Medfest e às rotas que interligam turismo sustentável e gastronómico -, estende-se a acções relacionadas com saúde, desporto, bem-estar e sustentabilidade, oficinas, actividades infanto-juvenis, visitas ao património natural e edificado, exposições e espectáculos de dança, além de música de várias paragens, mas “sempre com cariz mediterrânico", referiu o organizador.
Na Praça da República actuam Pedro Abrunhosa (quinta-feira), Silvia Perez Cruz (de Espanha, na sexta-feira), a fadista Katia Guerreiro (no sábado) e no domingo, a encerrar, Sérgio Godinho, Camané e Manuela Azevedo.
O palco do Castelo recebe Monsieur Doumani (do Chipre, quinta), Asmaa Hamzaoui & Bnat Timbouktou (de Marrocos, na sexta-feira), Cüneyt Sepetçi & Orchestra Dolapdere (da Turquia, no sábado) e os italianos da Banda Adriatica (domingo).
Na Igreja da Misericórdia actuam Pedro Caldeira Cabral (sábado), “Segue-me à Capela” (domingo) e, no Largo da Igreja da Misericórdia, o flamenco de “Anamarga”, também no sábado.