Inês Nepomuceno vence Prémio Design de Livro com obra sobre Paulo Cunha e Silva
751 — O tempo não consome a eternidade. Paulo Cunha e Silva por Helena Teixeira da Silva foi premiado pela Direcção-Geral do Livro. Prémio Design de Livro atribuiu ainda menções honrosas ao Degrau Design Studio e a Marco Balesteros.
A designer gráfica Inês Nepomuceno venceu a segunda edição do Prémio Design de Livro, pela obra 751 — O tempo não consome a eternidade. Paulo Cunha e Silva por Helena Teixeira da Silva, foi anunciado esta quinta-feira, 5 de Setembro. Inês Nepomuceno, da Escola Superior de Artes e Design (ESAD/ESAD-IDEA), venceu pela edição publicada pela Câmara do Porto, depois de uma decisão do júri da iniciativa da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), tomada por unanimidade.
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A designer gráfica Inês Nepomuceno venceu a segunda edição do Prémio Design de Livro, pela obra 751 — O tempo não consome a eternidade. Paulo Cunha e Silva por Helena Teixeira da Silva, foi anunciado esta quinta-feira, 5 de Setembro. Inês Nepomuceno, da Escola Superior de Artes e Design (ESAD/ESAD-IDEA), venceu pela edição publicada pela Câmara do Porto, depois de uma decisão do júri da iniciativa da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), tomada por unanimidade.
Composto por Sofia Gonçalves, Vera Velez, Jorge Moreira e Mário Moura, o júri viu na obra da designer “um sentido inventivo de design, articulando nas suas escolhas formais e técnicas um objecto final económico nos meios, complexo na estrutura e delicado no resultado”.
751 — O tempo não consome a eternidade. Paulo Cunha e Silva por Helena Teixeira da Silva, escrito pela jornalista Helena Teixeira da Silva, que aborda os 751 dias em que Paulo Cunha e Silva foi vereador da Cultura do Porto, até morrer em 11 de Novembro de 2015, mistura vários conteúdos, de testemunhos a cartas e reproduções de obras de arte, entre outros. “A escolha dos materiais, a adequação da gramagem do papel, as qualidades tácteis traduzem-se num objecto leve e flexível”, a que se junta uma “interpretação expressiva, mas discreta”, acrescentam.
Nascida em Viseu, a designer gráfica mudou-se para o Porto em 2004, onde se formou na Faculdade de Belas-Artes, tendo também estudado em Bruxelas. Viveu em Barcelona antes de voltar ao Porto para um mestrado na ESAD, ficando no centro de investigação da escola ESAD-IDEA, em Matosinhos.
Ao mesmo tempo, adianta a DGLAB em comunicado, foram atribuídas duas menções honrosas, uma delas ao Degrau Design Studio, por uma edição feita para a Imprensa Nacional Casa da Moeda, por Imprimere, arte e processo nos 250 anos da Imprensa Nacional.
A outra menção foi para Caldas 77 — IV Encontros Internacionais de Arte em Portugal, cujo design ficou a cargo de Marco Balesteros, com assistência de Pedro Sousa, livro lançado pela Ghost, que recorda os Encontros Internacionais de Arte em Portugal, realizados nas Caldas da Rainha em 1977, a sua programação e as mentalidades locais e nacionais face à contemporaneidade em Portugal, após o 25 de Abril.
O mesmo júri distinguiu ainda mais 14 obras, “com vista à competição internacional Best Book Design From All Over the World”, organizado pela Stiftung Buchkunst, escolhidos por unanimidade “pela singularidade do design editorial nacional, dimensão exploratória, rigor da execução e multiplicidade de abordagens” ao livro. A concorrer pelo prémio, que será anunciado no primeiro trimestre de 2020, estão 14 obras que vão estar expostas na Feira do Livro de Leipzig, em Março, e de Frankfurt, em Outubro.
As escolhas recaíram sobre outros dois trabalhos com Inês Nepomuceno, um deles com Mariana Marques, em Lições de Arquitectura 01. Fundação e Arqueologia — Contexto e discurso do território contemporâneo, da Circo de Ideias, e outro com Susana Carreiras e Susana Martins, publicado pela ESAD-IDEA, sobre o arquiteto e professor Pádua Ramos.
A casa e o mundo (LATA Edições), de Ana Teresa Ascensão, é outro dos nomeados, com duas obras de Márcia Novais, Pegagogy of the streets — Porto 1977 (Pierrot le Fou e Faculdade de Belas Artes do Porto), e MOER, publicado pela Fundação Calouste Gulbenkian. História do Crime, publicado pelo próprio autor, o artista João Louro, distingue o design de Barbara Says, enquanto Pedro Nora está na lista por Robert Mapplethorpe. Pictures, edição da Fundação de Serralves.
O livro da Imprensa Nacional sobre Caretos e Coretos. Tradições Populares de Portugal, da Pato Lógico edições, o design da Ilhas Estúdio num livro sobre o festival Boom, publicado pela Good Mood e uma outra obra sobre o pioneiro da fotografia em Portugal Carlos Relvas, pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, também estarão a concorrer pelo prémio internacional.
Ana Resende está duplamente nomeada, por Transcrever. Acções participativas nos Bairros Sociais de Braga (Câmara de Braga) e Arte aplicada ao lugar. Desencaminhar-te 2018 (Comunidade Intermunicipal do Alto Minho), este com a Degrau. Também A pose, sobre a cidade de Paris no século XIX, publicado pela Gulbenkian, está na lista, pelo trabalho de Teresa Lima, assim como a OOF Design, por Paladário (A Oficina).