Equipa de Von der Leyen é anunciada na terça-feira
Presidente eleita da Comissão Europeia já dispõe dos nomes de todos os Estados-membros menos do Reino Unido, cujo Governo insiste em sair da UE antes da tomada de posse do executivo comunitário a 1 de Novembro.
A presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anuncia na terça-feira, dia 10, a sua decisão quanto à distribuição das pastas e a organização do trabalho do próximo colégio de comissários, cuja composição ficou completa esta quinta-feira com a indicação do antigo primeiro-ministro Paolo Gentiloni pelo Governo de Itália.
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A presidente eleita da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anuncia na terça-feira, dia 10, a sua decisão quanto à distribuição das pastas e a organização do trabalho do próximo colégio de comissários, cuja composição ficou completa esta quinta-feira com a indicação do antigo primeiro-ministro Paolo Gentiloni pelo Governo de Itália.
“Estou bastante contente por já ter recebido os nomes de todos os Estados-membros. Mal posso esperar por formar a minha equipa e apresentar um novo colégio de comissários na próxima terça-feira”, comunicou a presidente eleita da Comissão em mensagens publicadas no Twitter em francês, inglês e alemão.
No entanto, nem todos os Estados-membros apresentaram um nome: o Governo britânico absteve-se de indicar um novo comissário, insistindo que é política oficial do Reino Unido concluir a sua saída da União Europeia até 31 de Outubro, a véspera da tomada de posse do novo executivo comunitário.
Com a (já esperada) nomeação do italiano Paolo Gentiloni, Ursula von der Leyen dispõe agora de 28 nomes para 27 cadeiras: como fizeram outros países, a Roménia avançou com duas possibilidades para o cargo de comissário europeu; porém, ao contrário de todos os outros governos, a escolha ainda não é definitiva. Como não será ainda definitiva a distribuição dos diferentes portfólios pelos comissários já nomeados.
Depois de apresentar dois nomes, de um homem e uma mulher, à consideração de Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro português escolheu Elisa Ferreira. A expectativa de António Costa é que a actual vice-governadora do Banco de Portugal, que tem uma relevante experiência em Bruxelas como eurodeputada, venha a ser apontada para uma das vice-presidências da Comissão.
Ursula von der Leyen prometeu formar uma equipa paritária em termos de homens e mulheres e também equilibrada em relação à importância e representatividade das principais forças políticas europeias e diversas geografias e sensibilidades regionais. No que diz respeito ao género, a próxima presidente da Comissão poderá declarar a missão cumprida: conta, para já, com 14 homens e 12 mulheres.
No que diz respeito às famílias políticas, se os actuais nomeados forem confirmados pelo Parlamento Europeu — que tem de dar luz verde à composição do colégio de comissários —, o balanço de forças na próxima Comissão não será muito diferente do do hemiciclo. Além de Ursula von der Leyen, há nove membros do Partido Popular Europeu (o maior grupo parlamentar) entre os nomes indicados pelos Estados-membros. Outras nove personalidades pertencem à família dos Socialistas & Democratas e seis vêm das fileiras liberais (agora representada na bancada Renovar a Europa no Parlamento Europeu). Os Verdes, que viram a sua força crescer significativamente na última votação europeia, também estarão representados no colégio.
Mais difícil para Von der Leyen será a tarefa de garantir o equilíbrio entre Norte/Sul e Leste/Oeste na distribuição das pastas. Com os grandes países e o bloco dos fundadores fortemente representados em termos de cargos de topo das instituições europeias, os governos do Leste e dos países da periferia reclamaram da sua menor importância — uma “queixa” que a futura presidente da Comissão já reconheceu como justa.