Ensaio sobre a cegueira

Um excelente thriller, tenso e eficaz, que é também uma bela bofetada de luva branca a uma Hollywood que se desinteressou destas coisas.

Foto
Andam a fazer falta thrillers assim, que sejam inteligentes

É uma bela bofetada de luva branca à hegemonia americana, esta Ameaça em Alto Mar – inscrito na honrosa linhagem dos thrillers de submarinos que nos deu A Caça ao Outubro Vermelho ou K-19, o primeiro (!) filme do francês Antonin Baudry vai mais lá atrás, com ecos dos thrillers apocalípticos dos anos 1960 como Missão Suicida de Sidney Lumet. E a coisa não é para menos: este é um jogo de xadrez geoestratégico cheio de armadilhas onde pôr o pé no sítio errado pode espoletar uma guerra nuclear, e só um ouvido de excepção pode notar a diferença entre um transeunte e um inimigo. Aliás, está mesmo aí um dos grandes trunfos de Ameaça em Alto Mar: tudo se joga literalmente no que não se vê, nas “assinaturas sonoras” (bela definição) invisíveis a olho nu, mas que são tão inconfundíveis como uma cicatriz ou um sinal.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

É uma bela bofetada de luva branca à hegemonia americana, esta Ameaça em Alto Mar – inscrito na honrosa linhagem dos thrillers de submarinos que nos deu A Caça ao Outubro Vermelho ou K-19, o primeiro (!) filme do francês Antonin Baudry vai mais lá atrás, com ecos dos thrillers apocalípticos dos anos 1960 como Missão Suicida de Sidney Lumet. E a coisa não é para menos: este é um jogo de xadrez geoestratégico cheio de armadilhas onde pôr o pé no sítio errado pode espoletar uma guerra nuclear, e só um ouvido de excepção pode notar a diferença entre um transeunte e um inimigo. Aliás, está mesmo aí um dos grandes trunfos de Ameaça em Alto Mar: tudo se joga literalmente no que não se vê, nas “assinaturas sonoras” (bela definição) invisíveis a olho nu, mas que são tão inconfundíveis como uma cicatriz ou um sinal.