França: quadros de Vieira da Silva escolhidos para vestíbulo de honra do Eliseu
O casal presidencial francês escolheu, pela sua “qualidade estética”, dois quadros da artista portuguesa Vieira da Silva para a entrada do Palácio do Eliseu, onde o Presidente, Emmanuel Macron, recebe todos os chefes de Estado.
Os quadros Jardins suspendus (1955) e Stèle (1964) chegaram ao Palácio do Eliseu em 2018, vindos da colecção do Museu Nacional de Arte Moderna – Centro Pompidou e foram inicialmente colocados na Sala Cleópatra. Uma fonte oficial do Eliseu confirmou à Lusa que, a pedido do casal presidencial Emmanuel e Brigitte Macron, os quadros foram instalados em Julho de 2019 no vestíbulo de honra da residência oficial do Presidente francês. “As obras foram escolhidas pelo casal presidencial pela sua qualidade estética e para dar relevância aos artistas contemporâneos”, disse a fonte do Eliseu.
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Os quadros Jardins suspendus (1955) e Stèle (1964) chegaram ao Palácio do Eliseu em 2018, vindos da colecção do Museu Nacional de Arte Moderna – Centro Pompidou e foram inicialmente colocados na Sala Cleópatra. Uma fonte oficial do Eliseu confirmou à Lusa que, a pedido do casal presidencial Emmanuel e Brigitte Macron, os quadros foram instalados em Julho de 2019 no vestíbulo de honra da residência oficial do Presidente francês. “As obras foram escolhidas pelo casal presidencial pela sua qualidade estética e para dar relevância aos artistas contemporâneos”, disse a fonte do Eliseu.
É no vestíbulo de honra que Emmanuel Macron acolhe todos os chefes de Estado que o visitam em Paris. Esta entrada do Palácio do Eliseu é revestida com mármore branco de Carrara (Itália) e mármore vermelho, e pode ser vislumbrada em todas as fotografias de Estado com representantes estrangeiros ou outras entidades recebidas através do protocolo oficial francês.
A Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva considera que as obras escolhidas são “notáveis”. “O casal presidencial tem bom gosto e escolhe duas obras absolutamente notáveis, que são importantes e de extrema qualidade”, afirmou Marina Bairrão Ruivo, directora da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, em declarações à Lusa. Relembrou ainda que, à semelhança de Emmanuel Macron, também António Guterres pediu às Nações Unidas que os seus gabinetes e salas de reuniões tivessem obras de arte de artistas portugueses, incluindo Vieira da Silva. “Mas nesse caso foi um português que escolheu e isso faz muito sentido, mas acho muito surpreendente e importante a escolha neste caso ter vindo do casal presidencial francês”, sublinhou.
Jardins suspendus foi adquirido pelo Estado francês em 1956 e Stèle foi doado pela artista às colecções francesas em 1966. Maria Helena Vieira da Silva viveu grande parte da sua vida em Paris, com o marido, Arpad Szenes, e tinha também nacionalidade francesa, num país onde recebeu diversas distinções de mérito pela mão de vários Presidentes.