Pedro Sánchez insiste com Podemos para aceitar governo “à portuguesa”
Iglesias diz que algumas das 370 medidas que Sánchez está a apresentar lhe “parecem bem”, mas que tem de as estudar.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, apresentou 370 medidas para tentar convencer a plataforma de esquerda Unidas Podemos a aceitar um governo “à portuguesa” e desbloquear a sua investidura.
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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, apresentou 370 medidas para tentar convencer a plataforma de esquerda Unidas Podemos a aceitar um governo “à portuguesa” e desbloquear a sua investidura.
O líder do PSOE (Partido Socialista Espanhol) quer que o documento seja a base de um acordo programático para o Podemos dar apoio parlamentar a um executivo da responsabilidade exclusiva dos socialistas.
A oferta de Pedro Sánchez é vista como a última a oportunidade para desbloquear o impasse na formação de um governo e evitar novas eleições legislativas em Espanha.
A recusa do PSOE em formar um governo de coligação mantém as negociações com o Unidas Podemos estagnadas. Sánchez oferece uma “terceira via”, a negociação do que chama “programa comum progressista”.
Os socialistas consideram que a sua proposta, com 370 medidas, está “muito em sintonia” com as políticas do Podemos, defendendo uma maior justiça social, fiscal e ecológica, dando prioridade à luta contra as alterações climáticas e à transição ecológica.
Faltam três semanas, até 23 de Setembro, para o prazo-limite de dois meses que a Constituição espanhola confere aos grupos parlamentares para encontrarem uma solução para formar um governo, depois da tentativa frustrada de investidura de Pedro Sánchez em 23 e 25 de Julho.
Se o impasse se mantiver, o rei Felipe VI tem de marcar eleições para 10 de Novembro, as quartas “legislativas” em quatro anos.
O PSOE foi o partido mais votado nas eleições de 28 de Abril, mas com menos de 30% dos votos precisa do apoio de outras formações políticas.
O líder do Podemos, Pablo Iglesias, disse que algumas das 370 medidas lhe “parecem bem”, mas que tem de as estudar, cita o El País.