Príncipe Harry lança programa de turismo sustentável

A indústria do turismo e das viagens é um dos alvos das acções do príncipe Harry em prol do ambiente.

Foto
O Travalyst é o primeiro investimento da Sussex Royal, fundação de beneficência criada por Harry e Meghan Henry Nicholls/Reuters

O duque de Sussex acaba de lançar um novo programa cujo objectivo passa por apoiar os esforços de conservação em destinos turísticos em todo o mundo, combater as mudanças climáticas e ajudar as economias locais a crescerem de forma sustentável. O Travalyst, comunicado oficialmente em Amesterdão, é o primeiro investimento da fundação de beneficência Sussex Royal, criada por Harry e Meghan, e surge depois de dois anos de intenso trabalho com vários parceiros globais associados ao turismo: Booking.com, SkyScanner, CTrip, TripAdvisor e Visa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O duque de Sussex acaba de lançar um novo programa cujo objectivo passa por apoiar os esforços de conservação em destinos turísticos em todo o mundo, combater as mudanças climáticas e ajudar as economias locais a crescerem de forma sustentável. O Travalyst, comunicado oficialmente em Amesterdão, é o primeiro investimento da fundação de beneficência Sussex Royal, criada por Harry e Meghan, e surge depois de dois anos de intenso trabalho com vários parceiros globais associados ao turismo: Booking.com, SkyScanner, CTrip, TripAdvisor e Visa.

“Ao mesmo tempo que o turismo cresce de forma inevitável, é de extrema importância acelerar a adopção de práticas sustentáveis em todo o mundo e equilibrar aquele crescimento com as necessidades do meio ambiente e da população locais”, considerou o príncipe em comunicado, divulgado pela Associated Press. O programa não pretende que as pessoas deixem de viajar, nem sequer que viajem menos, mas antes ajudar os viajantes a tomar decisões mais amigas do ambiente, seja na forma de sugestões para equilibrar as emissões de carbono resultantes da deslocação, seja em ideias de como apoiar comunidades locais nos destinos turísticos. Para os próximos meses, é de esperar que mais empresas se juntem à missão de combater as consequências do excesso de turistas em determinadas partes do mundo.

Mas, para já, “o compromisso das diferentes marcas” anunciadas é “realmente inspirador”, considerou, citado pela mesma agência noticiosa, a presidente da Booking.com, Gillian Tans. “A colaboração é o único caminho a seguir, se queremos criar uma verdadeira mudança de paradigma nas viagens.”

Já o presidente executivo da Skyscanner, Bryan Dove, afirmou que a indústria de viagens tem a obrigação de “preservar o nosso mundo”. No entanto, o mesmo responsável alertou: “Para fazer isso, precisamos de agir agora.” “As mudanças não acontecerão da noite para o dia”, concluiu num texto publicado no site do Travalyst.

A iniciativa surge algumas semanas depois de os duques de Sussex terem sido alvo de duras críticas por terem optado viajar num jacto privado. No entanto, o príncipe não varreu o assunto para debaixo do tapete, assumindo o sucedido e prevendo que o mesmo aconteça no futuro. “Passo 99% da minha vida a viajar o mundo em [aviões] comerciais”, afirmou, dizendo que apenas optará por um jacto privado, como ocorreu em Agosto, durante uma visita ao cantor e amigo Elton John, quando as circunstâncias assim o exigirem, ressalvando que irá sempre compensar a pegada ecológica.

Em 2018, a Organização Mundial do Turismo registou um recorde de 1,4 mil milhões de viagens para fora do país natal em todo o mundo, cerca de mais 6% em relação ao ano anterior. Estes números representaram cerca de 1,7 milhões de milhões de dólares (1,5 milhões de milhões de euros), i.e. 2% do produto mundial bruto.