Israel e Hezbollah trocam ataques ao longo da fronteira com o Líbano

Há uma semana que a tensão entre Israel e o movimento xiita estava a crescer. Primeiro-ministro libanês pede mediação internacional para evitar uma guerra.

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Incêndio do lado libanês da fronteira causado por um bombardeamento israelita Reuters/Stringer .

A tensão crescente entre Israel e o Hezbollah atingiu o ponto mais elevado da última semana na noite de domingo, quando ambos bombardearam posições contrárias ao longo da fronteira com o Líbano.

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A tensão crescente entre Israel e o Hezbollah atingiu o ponto mais elevado da última semana na noite de domingo, quando ambos bombardearam posições contrárias ao longo da fronteira com o Líbano.

O Hezbollah disparou vários mísseis atingindo uma base militar e veículos israelitas perto da fronteira, e Israel respondeu com fogo de artilharia e também a partir de um helicóptero, de acordo com as Forças de Defesa Israelitas (IDF). O grupo terrorista xiita sediado no Líbano disse estar a responder a um ataque israelita feito através de um drone – Telavive nega a acusação.

O Hezbollah afirma que os seus bombardeamentos destruíram um tanque israelita, matando os seus ocupantes e ferindo outros, porém Israel garante que não sofreu qualquer baixa, segundo a Al-Jazira.

“Neste momento posso fazer um anúncio importante: não sofremos baixas, ninguém ficou ferido, nem sequer arranhado”, disse o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Após os ataques entre Hezbollah e Israel, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, pediu a intervenção dos EUA e de França para apaziguar a situação e impedir que o conflito evolua para uma guerra aberta. A última vez que isso aconteceu foi em 2006, numa guerra que durou um mês e que fez mais de mil mortos, na sua maioria libaneses.

A correspondente da Al-Jazira em Beirute, Zeina Khodr, nota que “esta é a primeira vez que o Hezbollah reivindica um ataque no território israelita” desde essa época.

A tensão entre Israel e o Hezbollah tem subido nos últimos dias, desde que Telavive iniciou uma série de ataques com drones na capital libanesa, Beirute, há uma semana. A generalidade dos observadores antecipava uma resposta por parte do movimento islamista, como a que aconteceu no domingo.

Na semana passada, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, tinha já ameaçado abater qualquer drone que sobrevoasse o território libanês e prometeu responder com força aos ataques israelitas. Dois dos drones enviados por Israel explodiram nos subúrbios de Beirute, um dos quais junto do edifício onde estão instalados os serviços de informação do Hezbollah, e outro numa base do grupo Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral, perto da fronteira com a Síria.

O conflito entre Israel e o Hezbollah tem como pano de fundo a rivalidade cada vez mais profunda entre Israel e o Irão, bem como a guerra na Síria. O Hezbollah, apoiado pelo regime de Teerão, é um dos principais aliados do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e desde que o conflito começou, em 2011, Israel lançou centenas de ataques cirúrgicos para impedir a chegada de material de guerra iraniano ao Líbano.