Dorian fez pelo menos cinco mortos e 21 feridos nas Bahamas

Pelo menos 13 mil casas foram destruídas ou fortemente danificadas pelos ventos com rajadas superiores a 300 quilómetros por hora. O furacão continua “parado” ao largo da ilha de Grande Bahama.

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O furacão Dorian, que atingiu esta segunda-feira o arquipélago das Bahamas, causou pelo menos cinco mortos e 21 feridos, anunciou o primeiro-ministro do país, Hubert Minnis. As mortes foram registadas nas ilhas Abacos, o primeiro ponto do arquipélago atingido pelo furacão Dorian, que continua a flagelar a região depois de 36 horas de condições meteorológicas brutais. Minnis adiantou ainda que as equipas de socorro darão resposta aos pedidos de ajuda assim que as condições climáticas o permitam, referindo que além dos feridos há várias pessoas na ilha próxima Grande Bahama em sérias dificuldades.

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O furacão Dorian, que atingiu esta segunda-feira o arquipélago das Bahamas, causou pelo menos cinco mortos e 21 feridos, anunciou o primeiro-ministro do país, Hubert Minnis. As mortes foram registadas nas ilhas Abacos, o primeiro ponto do arquipélago atingido pelo furacão Dorian, que continua a flagelar a região depois de 36 horas de condições meteorológicas brutais. Minnis adiantou ainda que as equipas de socorro darão resposta aos pedidos de ajuda assim que as condições climáticas o permitam, referindo que além dos feridos há várias pessoas na ilha próxima Grande Bahama em sérias dificuldades.

Os ventos, com velocidade superior a 300 quilómetros por hora, destruíram pelo menos 13 mil casas em várias ilhas, deixando um forte rasto de destruição e fazendo com a população ficasse sem condições de acolhimento adequadas.

O furacão continua “parado” ao largo da ilha de Grande Bahama e os meteorologistas norte-americanos não crêem que isso se vá alterar ao longo desta terça-feira. Um sistema de altas pressões situado nas Bermudas tem agido como um “muro”, impedindo a progressão do Dorian para Norte – algo que pode estar prestes a mudar devido à aproximação de um sistema de baixas pressões. Neste momento, esses dois sistemas “estão a lutar e nenhum deles está a ganhar”, explicou o meteorologista Jeff Masters, ouvido pela agência Associated Press.

De acordo com a CNN, também deixou de ser um furacão de categoria 4 (o segundo nível mais elevado) para passar à categoria 3 na escala de Saffir-Simpson que mede a velocidade do vento.

Num balanço das primeiras horas da passagem do furacão, o primeiro-ministro das Bahamas avançou que a destruição causada pelo furacão “não tem precedentes”. “Os ventos diminuíram para 265km/h, mas o Dorian continua a ser uma tempestade extremamente perigosa. O nosso foco agora é o salvamento, recuperação e oração”, afirmou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros das Baamas, Darren Henfield, chegou a confirmar a existência de mortos, mas não avançou qualquer estimativa. “Recebemos notícia de danos catastróficos. Temos notícia de corpos que foram vistos, não podemos confirmar esses relatos até sairmos à rua e formos ver por nós próprios”, afirmou, citado pela CNN.

De acordo com o último boletim do Centro Nacional de Furações (NHC na sigla em inglês), emitido às 11h00 locais (16H00 em Lisboa), o Dorian baixou para a categoria 4 da escala Saffir-Simpson, após uma redução dos seus ventos máximos para os 250 quilómetros por hora, mas continua “extremamente perigoso”. Ainda sobre o norte das Bahamas, o furacão dirige-se para norte. “Deverá mover-se perigosamente para perto da costa leste da Florida até quarta-feira durante a noite e de seguida para perto das costas da Geórgia e Carolina do Sul na noite de quarta-feira e na quinta-feira”, indicaram os peritos do NHC.

Apesar do nível mais baixo de intensidade, o Dorian continua a devastar casas e estruturas públicas e a inundar aeroportos e estradas​, dificultando o acesso dos meios de socorro a muito locais.

Os efeitos do Dorian começaram a fazer-se sentir na ilha da Grande Bahama por volta das 5h (mais cinco em Portugal continental), com rajadas de vento a registarem uma velocidade de 322 quilómetros por hora, segundo o National Hurricane Center (NHC).

A passagem do furacão causou “danos extensos” nas ilhas da Grande Bahama e Abaco, segundo a avaliação da Cruz Vermelha, diz a CNN. Pelo menos 13 mil casas foram destruídas ou ficaram muito danificadas e a população enfrenta uma forte carência de alojamento e água potável.

“Ainda não temos uma imagem completa do que aconteceu, mas é claro que o furacão Dorian teve um impacto catastrófico”, afirmou o director do Centro de Operações de Emergência da Cruz Vermelha, Sune Bulow.

Face às previsões de que o furacão pudesse atingir o território da Florida nesta terça-feira, o governador daquele estado ordenou evacuações. As autoridades da Carolina do Sul, Carolina do Norte e da Geórgia também emitiram ordens de evacuação das populações nas regiões costeiras. Ao todo, mais de um milhão de pessoas foram retiradas das suas casas para locais mais seguros.

O Dorian, que começou no nível 5 de intensidade – o valor mais elevado na escala de Saffir-Simpson –, é o segundo furacão mais poderoso no oceano Atlântico desde que há registos, diz a Reuters. A sua passagem pelo território norte-americano levou o Presidente Donald Trump a cancelar uma viagem à Europa.