Estudo reconhece capacidade do hospital militar para formar médicos

Ministro da Defesa encomendou estudo à antiga ministra da Saúde, Ana Jorge, que defende que o Hospital das Forças Armadas pode formar e receber médicos civis.

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Futuros médicos podem vir a ser formados no Hospital Militar Nuno Ferreira Santos

Médicos do Serviço Nacional de Saúde podem vir a ser formados no Hospital das Forças Armadas (HFAR), noticia esta sexta-feira o Diário de Noticias (DN). Segundo o jornal, esta possibilidade consta de um despacho assinado pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, em Julho, e que está disponível no site do ministério.

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Médicos do Serviço Nacional de Saúde podem vir a ser formados no Hospital das Forças Armadas (HFAR), noticia esta sexta-feira o Diário de Noticias (DN). Segundo o jornal, esta possibilidade consta de um despacho assinado pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, em Julho, e que está disponível no site do ministério.

Em Março, o ministro da Defesa encomendou à ex-ministra da Saúde Ana Jorge um estudo sobre o Sistema de Saúde Militar (SSM) que conclui que o HFAR, em Lisboa, pode ser um pólo formador de médicos das Forças Armadas”, mas também receber médicos civis do internato médico”.

Em Julho, o ministro Gomes Cravinho fez um despacho com as orientações para concretizar “a coerência e a sustentabilidade do SSM” e já havia determinado “como objectivo futuro que o HFAR obtenha, junto da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros, idoneidade formativa”.

O Relatório do Estudo de Avaliação do Sistema de Saúde Militar, elaborado pela ex-ministra da Saúde, defende ainda um reforço no acesso do HFAR às forças de segurança e que o HFAR “deveria trabalhar em articulação com as unidades de saúde dos três ramos das Forças Armadas”.

Ana Jorge considerou que a unificação dos hospitais dos três ramos num único hospital com dois pólos “sem terem sido acauteladas outras medidas” levou a “uma disfunção do sistema, insatisfação nos profissionais e uma resposta nem sempre adequada”.

Actualmente, após a licenciatura, estão dois anos a prestar serviço como médicos gerais, embora possam já ter feito a opção por uma especialidade.

Ora, perante a carência de médicos para as unidades de saúde e para a saúde operacional, o estudo vem agora propor que este tempo possa ter “um aumento para três ou quatro anos de forma a haver maior disponibilidade de médicos para a saúde operacional e assistencial nos ramos, para que, durante o internato complementar na especialidade, possa haver menos interrupções”.

“Acresce ainda que, além da sua actividade clínica, os médicos podem ser, também, os responsáveis pela formação dos mais novos, ao manterem-se no hospital”, lê-se no documento.

Segundo dados da Direcção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, de um total de 390 médicos, 189 são médicos militares e 27 destes estão na reserva. Aos 390 médicos, acresce um total de 72 internos, todos de especialidades hospitalares, com excepção de três internos de Medicina Geral e Familiar.