Michael O’Leary substituído por Eddie Wilson na liderança da Ryanair
Actual director dos recursos humanos tem vários desafios pela frente. O’Leary fica à frente da nova holding.
O até agora director dos recursos humanos da Ryanair, Eddie Wilson, assume a presidência executiva da companhia aérea irlandesa a partir de 1 de Setembro, substituindo Michael O'Leary, que se mantém à frente da Ryanair Holdings. Esta é a estrutura responsável pela nova orgânica do grupo que abrange agora a Buzz (antiga Ryanair Sun, sediada na Polónia), a LaudaMotion e a Malta Air.
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O até agora director dos recursos humanos da Ryanair, Eddie Wilson, assume a presidência executiva da companhia aérea irlandesa a partir de 1 de Setembro, substituindo Michael O'Leary, que se mantém à frente da Ryanair Holdings. Esta é a estrutura responsável pela nova orgânica do grupo que abrange agora a Buzz (antiga Ryanair Sun, sediada na Polónia), a LaudaMotion e a Malta Air.
Numa nota interna enviada aos trabalhadores da operadora low cost, a que a agência Efe teve acesso, O'Leary anunciou que o seu substituto irá assumir o cargo “imediatamente”, embora esteja programado um “processo de transição” de três meses. Esta estratégia já tinha sido comunicada pelo grupo no início de Fevereiro, mas ainda não havia uma data concreta para a mudança, nem era conhecido o nome do sucessor.
O'Leary, que é também accionista da empresa que lidera desde 1994 (tem 57 anos), desejou a Wilson, que entrou na Ryanair em 1997 para liderar a área dos recursos humanos, “êxito” no novo cargo, numa altura em que a empresa enfrenta “tempos muito difíceis”.
O até agora presidente da Ryanair citou ainda a saída do Reino Unido da União Europeia (“Brexit”), prevista para 31 de Outubro, e os atrasos na entrega dos Boeing MAX como dois dos desafios com os quais o seu substituto terá de lidar.
Sublinhou que a Ryanair viu-se obrigada a fechar ou redimensionar algumas bases para “acomodar o facto” de ter menos 30 aviões do que o previsto este Inverno e “provavelmente o mesmo número, ou mais, no próximo Verão”.
Na semana passada, a Ryanair anunciou que irá encerrar em 8 de Janeiro de 2020 as suas bases nos aeroportos espanhóis da Gran Canária, Sul do Tenerife, Lanzarote e Gernoa, e que irá despedir colectivamente 512 pessoas. A base em Faro também poderá estar em risco.
A nomeação de Eddie Wilson, um dos principais responsáveis pelas negociações com os sindicatos surge numa fase em que os conflitos laborais se reacenderam, com várias greves. No caso de Portugal, o sindicato dos tripulantes de cabine, o SNPVAC, convocou nova paralisação para o dia 27 de Setembro.
A 29 de Julho a Ryanair anunciou os resultados do primeiro trimestre do seu ano fiscal, com uma descida de 21% nos lucros (para 243 milhões de euros), algo que justificou com a subida dos custos com o pessoal e com o combustível, e com a descida das tarifas (num forte ambiente concorrencial que já levou ao fim de várias transportadoras). Já as receitas subiram 11%, para 2,3 mil milhões de euros, tendo o número de passageiros transportados crescido outros 11%, para 41,9 milhões.