“Precisamos que os nativos digitais tomem conta da política”

Simon Schaefer quer ajudar Portugal a destacar-se na nova economia. Considera que o país tem a mentalidade certa para sair da crise por essa via. “O empreendedorismo é provavelmente a única saída de uma depressão económica. Foi esse espírito que salvou a Alemanha após a Segunda Guerra Mundial.” Mais pessimista com a Europa, lamenta o que diz estar a passar-se com a Alemanha: “O país é tão estável e bem-sucedido, devido à indústria que construiu, que agora não sente necessidade de inovar.”

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Aos 42 anos, o alemão Simon Schaefer desdobra-se entre dois papéis profissionais, mas desmultiplica-se em milhentas actividades. Com a empresa que fundou para criar e gerir espaços para empresas tecnológicas de crescimento rápido, a Factory, está empenhado em reconverter um edifício com 11 mil metros quadrados no hub criativo do Beato, em Lisboa. A Mercedes escolheu o mesmo sítio para o centro digital que abriu em Portugal e Simon está a renovar um edifício para startups que ali queiram instalar-se, num dos prédios do antigo complexo fabril do Exército e da Manutenção Militar, de domínio público, que fica na zona oriental da capital portuguesa, bem junto ao rio Tejo. Também a empresa que organiza a Web Summit vai ficar neste antigo complexo.