Corrida ao tribunal no último dia da entrega das listas às legislativas
Aliança, Livre, PCTP-MRPP e Nós.Cidadãos! entregaram nesta segunda-feira as listas de candidatos às legislativas pelo círculo de Lisboa.
Os partidos Aliança, Livre, PCPTP-MRPP e Nós, Cidadãos! entregaram esta segunda-feira de manhã as listas de candidatos às legislativas de 6 de Outubro pelo círculo de Lisboa, no último dia do prazo.
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Os partidos Aliança, Livre, PCPTP-MRPP e Nós, Cidadãos! entregaram esta segunda-feira de manhã as listas de candidatos às legislativas de 6 de Outubro pelo círculo de Lisboa, no último dia do prazo.
Sem a presença do presidente do partido e número um por Lisboa, Pedro Santana Lopes, o partido Aliança procedeu à entrega da lista pelo círculo da capital pelas 11h no Palácio da Justiça. “É um momento de muito orgulho num dia em que, em Lisboa e por todo o país, completamos a entrega das listas por todos os círculos eleitorais a que a Aliança concorrerá”, afirmou aos jornalistas Ana Pedrosa Augusto, vice-presidente e mandatária nacional do partido criado no ano passado.
Questionada sobre as expectativas do partido para as eleições, a dirigente afirmou que a Aliança “nem sequer põe a hipótese” de não eleger qualquer deputado, mas considerou que a continuidade da formação política não está em risco se tal não acontecer. “De forma alguma, a Aliança é um partido novo que veio para singrar e mostrar aos portugueses que quer fazer diferente”, afirmou.
À mesma hora, o Livre procedeu também à entrega da lista pelo círculo de Lisboa, encabeçada por Joacine Katar Moreira, que esteve acompanhada por Rui Tavares, o mandatário da candidatura. “Nós consideramos inevitável nós elegermos alguém nestas eleições e hoje estamos orgulhosamente a entregar uma candidatura totalmente paritária em todos os círculos eleitorais”, destacou a candidata, em declarações à comunicação social presente.
Joacine Katar Moreira destacou o enfoque da candidatura “na justiça social, na igualdade e no aumento do ordenado mínimo”. “Nós consideramos que o ordenado mínimo nacional não nos dignifica minimamente enquanto país que faz parte da União Europeia e é internacionalmente considerado um país desenvolvido”, afirmou, considerando que este não pode ter como único objectivo a sobrevivência das famílias.
A candidata do Livre por Lisboa destacou ainda a prioridade ao ambiente do partido, salientando que “não existe ecologia sem ideologia e não existe um ambientalismo que não tenha imediatamente em conta a necessidade de redistribuição da riqueza”.
Também o PCTP-MRPP entregou pelas 11h a sua lista às legislativas por Lisboa, mas os dirigentes presentes deixaram o Palácio da Justiça sem prestar declarações aos jornalistas.
Pelo Nós, Cidadãos!, Mendo Castro Henriques, afirmou que o partido se apresenta às eleições legislativas “para disputar lugares” na Assembleia da República, considerando que os portugueses já perderam a paciência com os políticos profissionais. Segundo o presidente do Nós, Cidadãos!, o objectivo nestas eleições é “prosseguir o caminho de presença junto dos portugueses”.
“Os portugueses começaram a conhecer-nos, temos um presidente de câmara, temos 65 autarcas e o nosso resultado nas europeias, se fosse traduzido em votos, daria um deputado e é para isso que estamos aqui, para disputar lugares e dar voz aos cidadãos na Assembleia da República”, apontou.
Com “uma presença muito forte no território nacional” nestas eleições, Mendo Castro Henriques garante que “todos os candidatos estão motivados” e os resultados anteriores do partido mostram que há expectativa de “ter uma representação que não seja os partidos tradicionais”.
“Os portugueses já perderam a paciência com os políticos profissionais, até perderam a paciência revolucionária e nós estamos aqui para chamar as pessoas a votar num partido que tem uma fórmula diferente, que é do novo centro”, defendeu.
Na perspectiva do presidente do Nós, Cidadãos!, “boa parte” dos candidatos do partido “são independentes na sua vida profissional e independentes porque não têm filiação”.
“E é isso que nós queremos fazer vingar na vida política portuguesa”, concluiu.
Termina hoje o prazo para os partidos políticos e coligações que pretendam concorrer às eleições legislativas de 6 de Outubro entregarem as respectivas candidaturas, dia que marca também o prazo para apresentação dos orçamentos de campanha.
De acordo com a legislação eleitoral, os partidos e coligações têm até ao 41.º dia anterior à data das eleições - ou seja, 26 de Agosto -, para apresentar as candidaturas perante o juiz presidente do tribunal de comarca de cada círculo eleitoral.
As listas serão afixadas à porta do tribunal, que terá de verificar a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos e a elegibilidade dos candidatos nos dois dias subsequentes ao final do prazo. No dia seguinte ao prazo limite para apresentação das candidaturas, é feito o sorteio da ordem em que vão aparecer nos boletins de voto.
A campanha eleitoral decorrerá entre os dias 22 de Setembro e 4 de Outubro, uma vez que está estipulado que se inicia no 14.º dia anterior às eleições e termina à meia-noite da antevéspera do sufrágio.