Miguel Albuquerque encabeça candidatura nacional mas não vai para a Assembleia da República
Miguel Albuquerque justifica a candidatura com a necessidade de sublinhar a importância das eleições legislativas nacionais para a Região Autónoma da Madeira.
O líder do PSD-Madeira e presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, vai encabeçar a lista do partido às eleições legislativas de 6 de Outubro, mas não vai assumir o mandato na Assembleia da República.
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O líder do PSD-Madeira e presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, vai encabeçar a lista do partido às eleições legislativas de 6 de Outubro, mas não vai assumir o mandato na Assembleia da República.
“Não vou assumir o mandato na Assembleia da República, mas acho que é importante a minha posição na lista para sublinhar e acentuar a importância destas eleições [legislativas nacionais] para a Região Autónoma da Madeira.”, assegurou o actual presidente do governo madeirense. Miguel Albuquerque considera que lista pelo círculo da Madeira é de “alta qualidade, uma lista com provas dadas, com elementos que têm experiencia quer do Parlamento Europeu, quer no parlamento nacional e que nunca trairão os madeirenses nem os porto-santenses”.
O líder social-democrata insular salientou que o seu objectivo é “ganhar as eleições [regionais], e ser presidente do Governo” da Madeira, complementando que, sendo o “primeiro responsável do PSD” quis “dar a cara, sem qualquer problema, pela concretização deste grande objectivo”, que são as eleições nacionais.
O candidato regional realçou que a lista para as legislativas nacionais integra pessoas que “mantêm a tradição do PSD, os interesses da região acima dos interesses partidários”. Também destacou que houve uma “renovação na lista à Assembleia da República”, porque o partido pretende ter “uma representação efectiva dos interesses da Madeira em São Bento”. “A ideia é continuarmos a defender intransigentemente os interesses da Madeira”, declarou, apontando existir “um conjunto de dossiês que vai obrigar” os deputados da Madeira a “empenharem-se ainda mais”.
Enunciou que estão pendentes a questão da redução da taxa de juro do empréstimo concedido pelo Estado à Madeira no âmbito do programa de ajustamento económico e financeiro para fazer face a uma dívida pública superior a 6 mil milhões de euros, fazendo com que a região esteja “a ser explorada pelo Estão português, que está a ganhar 12 milhões de euros por ano”.
O co-financiamento em 50% do novo hospital da Madeira, “um compromisso que a região nunca sabe se vai ser ou não cumprido pelo Governo da República”, a “batalha intransigente pela defesa do Centro Internacional de Negócios da Madeira, que é um alicerce essencial para as receitas fiscais desta região autónoma”, foram outros dois pontos que destacou.
Miguel Albuquerque anunciou que a região pretende “avançar rapidamente com uma proposta no sentido do Governo da República assumir os custos da ultraperiferia e da coesão e continuidade territorial, apresentando uma proposta para o financiamento que suporte o transporte de mercadorias por via aérea e marítima, como acontece em Canárias”.
Os primeiros nomes da lista de candidatos do PSD pelo círculo eleitoral da Madeira são Miguel Albuquerque, Sérgio Marques, Sara Madruga da Costa, Paulo Neves, Maria de Fátima Marques e Helena Leal. Nas eleições legislativas 2015, o PSD elegeu três deputados à Assembleia da República, o PS dois e o BE um parlamentar.