Ricardo Horta desatou o nó russo em Braga
Perante um Spartak Moscovo calculista, o Sp. Braga sentiu dificuldades, mas conseguiu uma vitória no play-off da Liga Europa.
Foi preciso bastante paciência, mas o Sp. Braga cumpriu o objectivo de Ricardo Sá Pinto para o primeiro confronto frente ao Spartak Moscovo no play-off da Liga Europa: marcar e não sofrer golos. Em Braga, perante uma equipa russa fria e calculista, os minhotos tiveram dificuldades em criar perigo durante a primeira hora de jogo, mas garantiram uma importante vitória, por 1-0, com um golo oportuno de Ricardo Horta aos 74 minutos.
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Foi preciso bastante paciência, mas o Sp. Braga cumpriu o objectivo de Ricardo Sá Pinto para o primeiro confronto frente ao Spartak Moscovo no play-off da Liga Europa: marcar e não sofrer golos. Em Braga, perante uma equipa russa fria e calculista, os minhotos tiveram dificuldades em criar perigo durante a primeira hora de jogo, mas garantiram uma importante vitória, por 1-0, com um golo oportuno de Ricardo Horta aos 74 minutos.
Quatro dias depois de sofrer no Estádio de Alvalade a primeira derrota da época, Ricardo Sá Pinto deu um voto de confiança nos jogadores que iniciaram a partida contra o Sporting e apresentou praticamente o mesmo “onze” frente ao Spartak Moscovo. Sem surpresa, as únicas alterações foram as entradas de João Palhinha, que não jogou no fim-de-semana para o campeonato por estar emprestado pelo Sporting, e Paulinho, que reocupou o seu lugar no centro do ataque dos minhotos, relegando o egípcio Hassan para o banco.
As duas mudanças de Sá Pinto não se traduzirem em qualquer alteração táctica. Mantendo o 4x3x3, o técnico dos bracarenses confiava a Fransérgio e André Horta a construção de jogo a meio-campo, com Wilson Eduardo a tentar criar desequilíbrios na direita e Ricardo Horta na esquerda.
A estratégia de Sá Pinto esbarrou, no entanto, no calculismo e frieza dos russos. Moralizada por quatro triunfos consecutivos, entre campeonato da Rússia e Liga Europa, a formação moscovita apresentou-se em Braga pouco disposta a correr riscos e o técnico bielorrusso Oleg Kononov apresentou um 4x4x2, com uma dupla consistente à frente da defesa (Guliev e Bakaev) e o internacional alemão André Schürrle a jogar bem próximo de Ezequiel Ponce, um ponta-de-lança argentino que tinha marcado nos dois jogos da eliminatória anterior frente ao FC Thun.
O “risco zero” de Kononov e o receio de Sá Pinto em sofrer um golo em casa, resultou num jogo tenso e disputado, mas com mais combate do que qualidade. O primeiro lance de perigo surgiu apenas a meio da primeira parte (Palhinha de cabeça obrigou Maksimenko a uma defesa difícil aos 22’), e os russos apenas assustaram Matheus com dois remates em dois minutos: Bakaev (38´) e Ponce (39’).
Com o zero ao intervalo no marcador, Sá Pinto procurou dar um pouco mais de criatividade à zona central dos bracarenses com a troca de Fransérgio por João Novais, mas pertenceu aos moscovitas a primeira oportunidade do segundo tempo: aos 47’, Mirzov ganhou espaço à entrada da grande área a rematou forte, forçando Matheus a aplicar-se.
A partida mantinha-se morna e com muita luta a meio-campo, o jogo era quase sempre disputado longe das áreas, mas com tentativas de fora da área o Sp. Braga deixou as primeiras ameaças: os remates de Novais, aos 70’, e Ricardo Horta, aos 71’, passaram muito perto da baliza do jovem Maksimenko.
O Sp. Braga estava, no entanto, melhor e com alguma felicidade à mistura, Ricardo Horta desatou o nó russo aos 74’: Esgaio cruzou, Novais falhou o remate, mas o número 21 do Sp. Braga, no segundo poste, desviou para o fundo da baliza.
O golo bracarense não alterou um milímetro à estratégia dos russos, que continuaram a atacar apenas pela certa, e até final foi sempre a equipa portuguesa que esteve mais perto de voltar a marcar.