Rio diz que emigrantes são “peça da solução” que propõe ao país

Líder social-democrata reuniu-se em Viseu com representantes das comunidades portuguesas. Criticou Governo por carregar nos impostos ao mesmo tempo que diz que a economia está “esplêndida”.

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Rio foi acompanhado em Viseu pelo actual presidente da câmara, Almeida Henriques, e pelo ex-autarca e ex-eurodeputado Fernando Ruas NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA

Rui Rio quer que as comunidades portuguesas no estrangeiro sejam um eixo fundamental da política externa portuguesa e que os emigrantes, que vê como os “embaixadores informais” do país, sejam uma das soluções para uma “economia mais robusta” em Portugal. Em Viseu, onde discursou neste sábado no encerramento de um encontro com a diáspora promovido pelo PSD, o presidente do partido falou de um “activo fundamental” e de um “património brutal” que o país tem para o seu desenvolvimento.

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Rui Rio quer que as comunidades portuguesas no estrangeiro sejam um eixo fundamental da política externa portuguesa e que os emigrantes, que vê como os “embaixadores informais” do país, sejam uma das soluções para uma “economia mais robusta” em Portugal. Em Viseu, onde discursou neste sábado no encerramento de um encontro com a diáspora promovido pelo PSD, o presidente do partido falou de um “activo fundamental” e de um “património brutal” que o país tem para o seu desenvolvimento.

“Aquilo que é o primeiro objectivo do PSD ganhando as eleições é aquilo que é a aspiração de todos. Ou seja, ter uma economia mais forte e robusta, mais riqueza. Temos de ser capazes de oferecer melhores empregos e melhores salários. Se o salário é mais forte, é porque a economia é mais forte e, se a economia é mais forte, o Estado é mais forte e, se o Estado é mais forte, pode prestar melhores serviços aos cidadãos - que é aquilo que não tem sido feito por este Governo”, disse.

Para Rui Rio, as comunidades portuguesas “são e podem ser uma peça importante da solução” que o PSD apresenta a 6 de Outubro ao país. 

O líder social-democrata lembrou as três ligações estratégicas (Europa, Atlântico e Lusofonia) que Portugal tem de aproveitar, considerando tratar-se de eixos fundamentais da política externa portuguesa. “Nas comunidades portuguesas há muita gente com uma situação económica boa e com capacidade de investimento. Por outro lado, os portugueses que estão lá fora são pessoas que abrem com facilidade mercados aos produtos portugueses”, exemplificou. 

Aos “embaixadores informais”, Rui Rio disse-lhes que não são a “única solução” nem para as exportações nem para o investimento, mas podem ser “uma peça decisiva”. 

E se às comunidades portuguesas é preciso “acarinhá-las e dar-lhes oportunidades”, aos portugueses o presidente do PSD disse que é preciso dar-lhes “melhores empregos e melhores salários”. 

“Uma das coisas que pretendemos fazer é inverter o que tem vindo a acontecer (...), o aumento dos impostos, da carga fiscal. E se há momentos na história da nossa economia em que se justifica que os impostos tenham de subir por causa da degradação das contas públicas, há momentos em que assim não se justifica. Não pode o Governo dizer que a economia está esplêndida e ao mesmo tempo aumentar a carga fiscal de forma brutal como aumentou”, frisou.

Nas promessas do PSD está o alívio no IRS e no IRC e uma distribuição justa das margens orçamentais, mas sem ilusões. “Nós cuidámos de fazer um quadro macroeconómico bem feito, equilibrado e justo. Mas não vamos entrar em demagogia, porque isso seria pegar na folga toda e, por exemplo, baixar tudo no IRS, porque é aquilo que as pessoas sentem de imediato e o Governo fica popular. Não, vamos dar uma baixa no IRS e também no IRC, porque aquilo que nós queremos é preparar o futuro e são as empresas que devem fazer as tais exportações e podem fazer os tais investimentos que nos vão poder dar os tais empregos melhores e os tais salários melhores”, concluiu. 

Depois do encontro com a diáspora, com cerca de 20 representantes das várias comunidades espalhadas pelo mundo, Rui Rio visitou a Feira de S. Mateus, onde almoçou.