Descobertos desenhos de O Principezinho guardados numa casa na Suíça

As ilustrações criadas por Antoine de Saint-Exupéry para o seu livro não estão datadas e estavam numa pasta numa casa na Suíça. Tinham sido comprados por um coleccionador de arte e guardados entre obras de arte.

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Um esboço preliminar a aguarela e tinta, sem data mas que se estima ser anterior a 1943 Stiftung für Kunst, Kultur und Geschichte/DR

Desenhos de O Principezinho, criados pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry para o seu livro, foram descobertos numa casa antiga no norte da Suíça, guardados por um magnata do imobiliário, entre milhares de obras de arte.

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Desenhos de O Principezinho, criados pelo escritor francês Antoine de Saint-Exupéry para o seu livro, foram descobertos numa casa antiga no norte da Suíça, guardados por um magnata do imobiliário, entre milhares de obras de arte.

Adquiridos há mais de 30 anos num leilão, os desenhos estavam guardados numa pasta de cartão “em bom estado”, revelou à agência France Presse (AFP) Elisabeth Grossmann, conservadora da Fundação para a Arte, Cultura e História de Winterthour, no cantão de Zurique. Dentro da pasta encontravam-se três desenhos ligados ao livro — o bêbado no seu planeta, a jibóia que digere o elefante, acompanhada de anotações manuscritas, e o Principezinho e a raposa — e ainda um poema ilustrado com um pequeno desenho, mais uma carta de amor dirigida a Consuelo Suncín, mulher de Saint-Exupéry.

Os desenhos, cuja descoberta foi revelada pelo jornal diário Landbote, de Winterthur, não estão datados e foram realizados em tinta-da-china e aguarela.

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Fundação SKKG

O coleccionador suíço Bruno Stefanini, que morreu em Dezembro de 2018 com 94 anos, tinha comprado os desenhos em 1986 num leilão em Bevaix, no oeste da Suíça. Proprietário de uma das maiores colecções de arte da Suíça, criou em 1980 uma fundação em Winterthur para gerir o seu património.

O Principezinho foi escrito em Nova Iorque, nos Estados Unidos, por Antoine de Saint-Exupéry durante a Segunda Guerra Mundial, e ilustrado com as suas próprias aguarelas, tendo sido publicado em 1943 naquele país, e em 1946, em França, depois do desaparecimento do escritor e aviador, em 31 de Julho de 1944, ao largo de Marselha, durante uma missão aérea para os Aliados. O escritor viveu dois anos na Suíça, de 1915 a 1917, num internato religioso, em Friburgo.

As ilustrações originais do livro estão conservadas na Morgan Library, em Nova Iorque.