Aeroporto de São Francisco proíbe a venda de garrafas de água de plástico
A partir de 20 de Agosto, o aeroporto norte-americano torna-se o primeiro a não permitir a venda de água em embalagens descartáveis. Para ajudar, instalou uma centena de fontes.
O aeroporto internacional de São Francisco, nos EUA, tem um plano para tornar-se, até 2021, um espaço “verde”, com “zero desperdício” e “livre de plástico”. E avança com medidas como a proibição de garrafas de água descartáveis: a partir de 20 de Agosto, os comerciantes locais só estão autorizados a disponibilizar garrafas de água reutilizáveis, tanto vazias como cheias.
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O aeroporto internacional de São Francisco, nos EUA, tem um plano para tornar-se, até 2021, um espaço “verde”, com “zero desperdício” e “livre de plástico”. E avança com medidas como a proibição de garrafas de água descartáveis: a partir de 20 de Agosto, os comerciantes locais só estão autorizados a disponibilizar garrafas de água reutilizáveis, tanto vazias como cheias.
Na cartilha do aeroporto para os vendedores do aeroporto, obriga-se agora a que as garrafas ou embalagens sejam em alumínio, vidro ou em materiais compostáveis certificados oficialmente.
O aeroporto já tinha implementado medidas para restringir a distribuição de palhinhas de plástico, uma medida que se insere na legislação que entrou em vigor na cidade em Julho.
Agora, nenhuma loja, restaurante ou máquinas de vendas automáticas pode comercializar as habituais garrafas de água de plástico de usar e deitar fora. Até agora, informa o aeroporto, vendiam-se cerca de nove mil destas garrafas por dia.
Para ajudar as pessoas a manterem-se hidratadas, foram instaladas cerca de cem fontes para “encorajar os passageiros a reutilizarem as suas garrafas”. E há ainda outro mote: "A nossa esperança é que outros aeroportos e cidades no mundo sigam a nossa iniciativa e se tornem ‘livres de plástico’ como nós”.
A medida não é unânime, com alguns passageiros a questionarem o aeroporto sobre a diferença entre água e refrigerantes, já que a proibição não parece atingir estes últimos. Um porta-voz do aeroporto, citado pelo Washington Post, Doug Yakel, comentou a propósito que a medida só avança em relação às garrafas de água, “por agora”, porque “há muitas alternativas disponíveis” a estas. “A tendência ainda está por chegar aos refrigerantes, esperamos que isso aconteça nos próximos anos”.
O plano passa por chegar a 2021 como um local com “zero resíduos destinados a aterros”. Uma medida essencial é a “transição para alternativas reutilizáveis, compostáveis e recicláveis”, lê-se no documento disponibilizado no site do aeroporto. Segundo referem, cada passageiro que transita por ali é responsável, em média, por cerca de 250 gramas de lixo.
Entre as medidas que também avançam agora, contam-se a limitação de todos os itens de uso único que acompanham as refeições, dos guardanapos às chávenas de café ou pauzinhos. Os restaurantes também só podem dar aos clientes acessórios ou ingredientes de uso único (como pacotinhos de condimentos) caso estes os peçam especificamente.