Emprego público tem mais 15.261 funcionários do que há um ano
Processo de regularização extraordinária de vínculos precários na administração pública (PREVPAP) justifica aumento de 2,3% registado no segundo trimestre
O número de funcionários públicos voltou a aumentar 2,3% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado, para 690.494, correspondendo a mais 15.261 postos de trabalho, revela a síntese estatística divulgada hoje pela DGAEP.
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O número de funcionários públicos voltou a aumentar 2,3% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado, para 690.494, correspondendo a mais 15.261 postos de trabalho, revela a síntese estatística divulgada hoje pela DGAEP.
“A 30 de Junho de 2019, o emprego no sector das administrações públicas situou-se em 690.494 postos de trabalho, indiciando um aumento de 2,3% em termos homólogos (mais 15.261 postos de trabalho), num nível idêntico ao observado no final do primeiro trimestre de 2019”, segundo aos dados da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
O aumento é explicado com o processo de regularização extraordinária de vínculos precários na administração pública.
Na administração central o aumento homólogo foi de 7.616 postos de trabalho no segundo trimestre, dos quais 5.030 em estabelecimentos de saúde do tipo Entidades Públicas Empresariais (EPE).
Já na administração local registaram-se mais 6.285 postos de trabalho nas carreiras de assistente operacional, assistente técnico e técnico superior.
Comparando com Dezembro de 2011, o emprego público caiu 5,1% em Junho, correspondente a uma redução de 37.291 postos de trabalho, sendo a administração central o subsector com a maior diminuição de trabalhadores: menos 30.469 (menos 5,5%).
Fim do ano lectivo reduz na edução
Face ao trimestre anterior, o número de funcionários públicos aumentou em 413 postos de trabalho (0,1%) em termos líquidos, já que enquanto na administração local e regional houve uma subida de 746 postos de trabalho (mais 0,5%), na administração central registou-se uma queda de 376 postos de trabalho.
A redução trimestral deve-se, sobretudo, à queda de 2644 postos de trabalho na área da Educação, “reflectindo o final do ano lectivo, com a cessação de contratos a termo de trabalhadores nos estabelecimentos de ensino básico e secundário, em particular, técnicos superiores para actividades de enriquecimento curricular (AEC), assistentes operacionais e docentes”, explica a DGAEP.
Por outro lado, o aumento de emprego, no trimestre, no Ministério da Administração Interna, de 3% (mais 1.364 funcionários), “decorre principalmente do recrutamento de agentes na PSP e de novos contratos a termo de vigilantes da floresta na GNR para as operações de prevenção de incêndios durante o verão”.
Na área da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior o aumento de 548 postos de trabalho (mais 1,3%) reflecte “a continuação, durante o segundo trimestre, da contratação de pessoal de investigação científica nos estabelecimentos de ensino superior”, lê-se no documento.
O emprego no sector das administrações públicas representava, no final do segundo trimestre, 13,2% da população activa e de 14% da população empregada.
Os dados mostram ainda que seis em cada 10 trabalhadores das administrações públicas são mulheres, “mantendo uma elevada taxa de feminização no sector, acima 10,7 pontos percentuais do mesmo indicador para o total da população activa”.