Vitalina dos Espíritos (ou como Pedro Costa sobressaltou o Festival de Locarno)
Vitalina Varela, o novo filme do cineasta português, é um sério candidato ao Leopardo de Ouro. E merecem-no: o realizador, o filme e a mulher que lhe deu o nome.
Vitalina Varela chegou tarde; já não foi a tempo de assistir ao funeral do marido. Vitalina Varela, o filme, chega já na recta final da competição do Festival de Locarno e confirma o que já se desconfiava: está aqui um dos mais fortes (se não o mais forte) candidato ao Leopardo de Ouro. Porque é Pedro Costa a trabalhar, outra vez, como mais ninguém no cinema contemporâneo trabalha, com a sua habitual combinação de minúcia diabolicamente precisa (na expressividade pictural dos enquadramentos, das fontes de luz, de cada plano, de cada momento) e de depuração radical até nada mais restar a não ser uma essência. Uma essência que, graças a Vitalina, traz uma nova intensidade ao seu cinema.
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Vitalina Varela chegou tarde; já não foi a tempo de assistir ao funeral do marido. Vitalina Varela, o filme, chega já na recta final da competição do Festival de Locarno e confirma o que já se desconfiava: está aqui um dos mais fortes (se não o mais forte) candidato ao Leopardo de Ouro. Porque é Pedro Costa a trabalhar, outra vez, como mais ninguém no cinema contemporâneo trabalha, com a sua habitual combinação de minúcia diabolicamente precisa (na expressividade pictural dos enquadramentos, das fontes de luz, de cada plano, de cada momento) e de depuração radical até nada mais restar a não ser uma essência. Uma essência que, graças a Vitalina, traz uma nova intensidade ao seu cinema.