Hospitalização Domiciliária no Oeste ultrapassa mil visitas em dois meses
Projecto arrancou com 10 camas de hospitalização domiciliária, cinco das quais na área de influência do hospital de Torres Vedras e outras cinco na área do das Caldas da Rainha.
As equipas da Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Centro Hospitalar do Oeste realizaram mais de mil visitas em dois meses de funcionamento e prestaram cuidados a mais de meia centena de doentes, divulgou aquele organismo num balanço sobre a valência de Hospitalização Domiciliária, a funcionar desde 3 de Junho.
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As equipas da Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Centro Hospitalar do Oeste realizaram mais de mil visitas em dois meses de funcionamento e prestaram cuidados a mais de meia centena de doentes, divulgou aquele organismo num balanço sobre a valência de Hospitalização Domiciliária, a funcionar desde 3 de Junho.
Em comunicado, o CHO especificou que, nestes dois primeiros meses de actividade das equipas “foram avaliados 154 doentes, dos quais foram admitidos 54 e excluídos 100 por não reunirem os critérios clínicos, sociais ou geográficos solicitados”.
As patologias mais frequentes tratadas pelas equipas “estão relacionadas com infecções do trato urinário e do trato respiratório”, refere o comunicado. A média de idades dos doentes rondou os 70 anos, sendo que doente mais jovem tinha 25 anos e mais velho 98 anos, segundo os dados divulgados pelo CHO.
Devido às suas características geográficas (por integrar os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche), o CHO tem em funcionamento duas equipas de Hospitalização Domiciliária, uma na Unidade Hospitalar de Caldas da Rainha e outra na Unidade Hospitalar de Torres Vedras.
As equipas multidisciplinares são compostas por médicos, enfermeiros, assistentes técnicas, uma gestora, assistentes sociais, farmacêuticas e nutricionistas. Está em funcionamento todos os dias do ano, durante 24 horas por dia, e visa garantir “o mesmo nível de qualidade e segurança que o internamento convencional nos cuidados prestados ao doente”, concluiu o comunicado.
O projecto arrancou com 10 camas de hospitalização domiciliária, cinco das quais na área de influência do hospital de Torres Vedras e outras cinco na área do das Caldas da Rainha.
Em declarações à agência Lusa, a presidente do Conselho de Administração do CHO, Elsa Baião, estimou na altura que as equipas pudessem tratar este ano, cada uma, “uma centena de doentes”.
Um número que, admitiu, “é muito pouco” face aos mais de 13 mil doentes internados em 2008 nos dois hospitais, pelo que espera em 2020 “alargar o projecto a, pelo menos, 10 camas em cada lado”.
O CHO integra os hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche (que nesta primeira fase não tem nenhuma UHD). Tem uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, num total de mais de 300 mil pessoas.