A queijaria de Paula vai abrir as portas aos turistas dos Açores

Paula Rego criou uma queijaria quando tinha apenas 17 anos, em São Miguel. Agora, a Queijaria Furnense abre as portas a quem quiser ordenhar os animais e beber leite fresco.

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Paula Rego tem 20 anos e vive em São Miguel, nos Açores. Paulo Pimenta

Os turistas e locais vão poder ordenhar vacas nos Açores, na exploração agrícola de onde é retirado o leite para produzir os queijos das Furnas, com recurso à agua mineral do vale, num projecto da Queijaria Furnense. Paula Rego, empresária de 20 anos, proprietária daquela queijaria criada há três anos na ilha de São Miguel, explicou à Lusa que vão ser abertas inscrições para quem quiser ordenhar os animais e beber leite fresco.

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Os turistas e locais vão poder ordenhar vacas nos Açores, na exploração agrícola de onde é retirado o leite para produzir os queijos das Furnas, com recurso à agua mineral do vale, num projecto da Queijaria Furnense. Paula Rego, empresária de 20 anos, proprietária daquela queijaria criada há três anos na ilha de São Miguel, explicou à Lusa que vão ser abertas inscrições para quem quiser ordenhar os animais e beber leite fresco.

“Os turistas e os locais vão ter a oportunidade de tirar o leite das vacas, provar o produto fresco do dia, o nosso queijo e o bolo lêvedo” tradicional das Furnas, disse a jovem, acrescentando que os clientes podem também conhecer a Lola, uma cabra que é a “mascote da exploração”.

Criar uma queijaria foi a forma encontrada pela jovem de gerar uma mais-valia para a exploração agrícola da família, face às dificuldades com que os produtores dos Açores estão a enfrentar na sequência do desmantelamento das quotas leiteiras por parte da União Europeia e consequente queda do preço do leite.

A jovem empresária — que não abdica, desde a infância, de ordenhar as vacas — refere que este projecto pretende “promover a interactividade com todo o processo”, que contempla também uma viagem à queijaria para os clientes aprenderem como se faz o queijo. Foi por pressão dos próprios clientes que o projecto nasceu, tendo sido já possível levar algumas pessoas à exploração, a título experimental, e a forma como reagiram foi “muito positiva”.

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Paulo Pimenta

O produto da Queijaria Furnense, que já recebeu vários prémios, apresenta-se em cinco variedades: meia cura, amanteigado, com orégãos, tomilho e alho, nos formatos de 250 gramas, 500 gramas e um quilo. O mercado-alvo não são as superfícies comerciais, mas espaços de produtos gourmet e outros locais de excelência na região, no país e estrangeiro.

Face à procura do produto, a queijaria teve de ampliar a sua unidade de produção, laborando dois mil litros de leite por dia, o que se traduz em 520 queijos diários. Paula Rego, que expandiu o negócio e hoje produz também bombons de queijo e chocolate, prevê o lançamento, em breve, de queijadas de nata com sabor a queijo.

A jovem reconhece que a imagem de qualidade dos produtos está também associada à beleza da paisagem das Furnas, bem como à sua qualidade ambiental, além de ser a “sala de visitas” de São Miguel e dos Açores.