Os kalunga abrem-se ao mundo, mas querem ser senhores do seu destino

Um dia chegou ao meio da serra, no interior do Brasil, uma mulher branca. Vinha conhecer os kalunga, que viviam quase isolados e nem sequer estavam registados como cidadãos brasileiros. Esta é a história de um encontro entre dois mundos.

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Quando era criança, Elias sonhava com três coisas: uns chinelos, uma lanterna e um rádio. “Os chinelos eram para proteger os pés, a lanterna para alumiar à noite e ver onde pisava, e o rádio para ouvir alguma coisa, ver se a noite passava mais rápida porque a gente não conseguia dormir de tanta dor.”