Sindicato independente de motoristas mantém greve
Os trabalhadores deste sindicato dizem que há um conjunto de forças que se uniu para lhe tirar a voz e mantêm a greve até terem sinais dos patrões da Antram.
Foi o primeiro sindicato a reunir os seus trabalhadores em plenário, este sábado de manhã em Leiria. E o que resultou da reunião foi que os motoristas afectos ao Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias vão manter a greve, não vendo eles qualquer razão para a desconvocar.
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Foi o primeiro sindicato a reunir os seus trabalhadores em plenário, este sábado de manhã em Leiria. E o que resultou da reunião foi que os motoristas afectos ao Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias vão manter a greve, não vendo eles qualquer razão para a desconvocar.
No final do plenário, o presidente do sindicato explicou aos jornalistas que “foi rejeitada a desconvocação da greve”. Para Anacleto Rodrigues “ainda há tempo e margem para evitarem a greve se assim o quiserem”.
De Leiria, os trabalhadores do SIMM vão para Aveiras reunir-se com os restantes motoristas das matérias perigosas, afectos ao Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas.
Para já, o sindicalista diz que não há motivos para desconvocarem a greve e que alertou o Governo que o decreto de serviços mínimos poderia unir ainda mais os motoristas na sua adesão à greve. “Neste momento, o que era uma indignação da parte destes trabalhadores, que estiveram 20 anos a perder poder de compra, a indignação deu lugar a uma revolta porque há poderes que se aliam e se conjugam na tentativa de os silenciar, de lhes retirar voz e de não deixar que venha para a praça pública os seus direitos e reivindicações”.
Anacleto Rodrigues insiste na ideia que “os motoristas querem ser pagos pelas horas que trabalham, querem ter um horário digno” e não estão a ver essa aproximação.
Perante as medidas do Governo, que podem levar a que militares e polícias conduzam camiões caso não haja cumprimento dos serviços mínimos, o porta-voz do SIMM diz que o Governo fica desde já “responsabilizado por qualquer acidente que possa vir a acontecer”. Além de que dá uma ideia contrária ao que tem dito, que é um conflito entre privados onde o Governo não pode fazer nada. “O que nos diz é que o Estado vai intervir e vai avançar com militares”.
Aos jornalistas, Anacleto Rodrigues quis ainda deixar a garantia que este sindicato vai cumprir com os serviços mínimos decretados e que irá estar atento a quaisquer pessoas estranhas nos piquetes de greve.