Farmácias russas dizem que vendas de iodo aumentaram na zona da base militar
Vários meios de comunicação social e agências de notícias russas dizem que vários farmacêuticos estão a reportar uma autêntica corrida aos comprimidos de iodo e que os moradores locais estão preocupados com a possibilidade de exposição à radiação.
Várias farmácias de cidades no norte da Rússia garantem que as vendas de produtos que contêm iodo, um composto químico usado para mitigar os efeitos da exposição à radiação, aumentaram esta semana depois de uma explosão de um motor de foguete durante um teste numa base militar. A explosão aconteceu esta quinta-feira num centro militar na região de Arkhangelsk, no norte da Rússia.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Várias farmácias de cidades no norte da Rússia garantem que as vendas de produtos que contêm iodo, um composto químico usado para mitigar os efeitos da exposição à radiação, aumentaram esta semana depois de uma explosão de um motor de foguete durante um teste numa base militar. A explosão aconteceu esta quinta-feira num centro militar na região de Arkhangelsk, no norte da Rússia.
O acidente causou pelo menos dois mortos e seis feridos e provocou o aumento dos níveis de radiação durante um curto período de tempo, segundo noticiaram a Reuters e a agência de notícias russa TASS.
Segundo reporta o The Moscow Times, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que um motor de foguete de combustível líquido explodiu durante um teste na base militar local, mas avança poucos detalhes sobre como terá acontecido. E ainda que a tutela tenha dito inicialmente que não foi libertada nenhuma substância nociva e que os níveis de radiação não foram alterados, as autoridades das duas cidades relataram terem notado um aumento na radiação.
Desde o incidente que uma parte da baía do Mar Branco está fechada para os cidadãos e circulam fotografias de equipas de resgate a usar equipamento de protecção, incluindo máscaras de respiração, facto que está a preocupar a população que ainda não foi informada oficialmente do sucedido. Um comunicado divulgado pela autarquia de Severodvinsk, cidade que fica a cerca de 40 quilómetros de Arkhangelsk, sobre os níveis elevados de radiação, umas das únicas provas oficiais que o acidente realmente aconteceu, foi entretanto apagado.
Vários meios de comunicação social e agências de notícias russas dizem que vários farmacêuticos estão a reportar uma autêntica corrida aos comprimidos de iodo desde o dia da explosão e que os moradores locais estão preocupados com a possibilidade de exposição à radiação. "Eles ontem compraram tudo. Primeiro foram os comprimidos de iodo e iodomarina e só depois o iodo normal e iodeto de potássio”, disse um farmacêutico à Interfax, agência de notícias russa. “O rebuliço começou por volta das 17h00 e quando fechamos já tínhamos vendido tudo”.
Ainda não são conhecidas as causas da explosão ou que tipo de foguete estava a ser testado na base militar. Segundo o que avança a Reuters, que cita meios locais russo, a explosão do foguete pode ter ocorrido numa base que funciona como zona de testes de armas perto da vila de Nyonoksa, na região de Arkhangelsk, e que é frequentemente usada para testes em armas, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro que são usados pela marinha russa.
A explosão do foguete foi o segundo incidente a atingir plataformas militares russas numa semana. Na segunda-feira, uma série de explosões num depósito de armas numa base militar na Sibéria, matou uma pessoa e feriu outras 13, levando mesmo as autoridades a evacuar milhares de pessoas de zonas próximas ao acidente.
Notícia actualizada às 21h80 do dia 10 de Agosto com o nome correcto da região russa.